Uma página do Instagram começou na noite deste domingo (08) uma campanha que visa identificar quem são os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que participaram dos atos de vandalismo que culminaram na depredação das instalações do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Em pouco mais de 4h de criação, a página @contragolpebrasil conta com 388 mil seguidores. No feed, o perfil tinha, até o final deste domingo, 79 publicações marcando as pessoas que teriam participado do ato. “Perfil para a identificação dos(as) criminosos(as) que atentam contra a democracia do Brasil!”, diz a bio da página.
De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal, até as 23h de domingo, 300 bolsonaristas haviam sido presos. Também no fim da noite, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, autorizou que esses detidos sejam encaminhados para as penitenciárias da Papuda e feminina.
Em sua decisão, Leila Cury salientou que as transferências devem ocorrer depois da realização dos procedimentos de identificação de praxe e realização de exame de lesões corporais. Essa determinação vai ao encontro do que pediu a Direção da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), que queria o encaminhamento por conta do elevado número de prisões.
Segundo a juíza, como regra, os presos deveriam permanecer na DCCP até a audiência de custódia. No entanto, ela afirmou que autoriza a transferências imediatamente “para se evitar concentração de pessoas e mais tumulto que viole a paz pública Distrital”. “Autorizo a transferência de todas as pessoas presas em decorrência dos atos ocorridos na Praça dos Três Poderes na presente data para o Complexo Penitenciário da Papuda ou para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conforme a hipótese”, escreveu a magistrada em sua decisão.
Por conta desses atos, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de prometer que o governo descobrirá quem foram os financiadores desses protestos, decretou intervenção federal na capital brasileira. Agora, será de responsabilidade do Exército a segurança na região. Isso, até o próximo dia 31 de janeiro.
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