A troca de acusações entre o candidato à reeleição e presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) não ficou somente no campo das acusações. Em 2024, Paes tentará a reeleição e, atualmente, terá pelo menos um candidato bolsonarista como concorrente, o deputado federal, eleito este ano, Dr. Luizinho (PP).
O Dr. Luizinho é visto como um candidato em potencial para concorrer com Eduardo Paes e já conta com a simpatia do atual presidente da República. Contudo, o partido do presidente deverá lançar seu próprio candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Claudio Castro (PL), atual governador do Rio de Janeiro, afirmou que pretende ter um candidato para o município.
Até o momento, não existe qualquer definição, contudo, alguns nomes do PL já defendem que o atual vice-governador eleito, Thiago Pampolha, deixe o União Brasil e vá para o PL. Com isso, o vice-governador poderá tentar a prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2024.
Dessa forma, caso haja a migração de Thiago Pampolha para o PL, Claudio Castro ficaria sem um vice-governador. Com isso, seria necessário que o governador elegesse um presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) de sua confiança. Até o momento, Rodrigo Bacellar (PL) é visto como um bom nome pelo governador.
Paes participa de ato a favor de Lula com Tebet e Marina Silva
Nesta última sexta-feira (28), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), a senadora Simone Tebet (MDB), o ex-prefeito de Niterói (PDT) e o deputado federal, Marcelo Freixo (PSB), participaram do ato batizado de “Caminhada da Vitória”, em apoio ao candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ato aconteceu na Candelária, localizada no Centro do Rio de Janeiro. Durante o evento, Eduardo Paes repetiu as falas e voltou a dizer que Bolsonaro não teria “feito nada pelo Rio de Janeiro”. Na última quinta-feira, Bolsonaro ofendeu Eduardo Paes, o chamando de “vagabundo” e “mentiroso”.
Além disso, Eduardo Paes havia postado um vídeo em suas redes sociais, questionando Bolsonaro, o fato de Bolsonaro o ter chamado de vagabundo, afirmando que o presidente é o mandatário que menos trabalhou na história do Brasil.
“Me desculpe, mas me chamar de vagabundo, nem parece que quem está falando é o presidente da República que menos trabalha na história. O senhor, presidente, trabalhou menos de 4 horas por dia. Presidente, 4 horas é minha noite de sono. No resto do tempo eu estou trabalhando”, disse Eduardo Paes, em vídeo publicado nas suas redes sociais.
Simone Tebet também discursou no ato, fazendo referência ao Comício da Candelária, de 1984, que pedia por Diretas Já, também criticando o atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Jamais imaginei que, depois de 38 anos, teríamos que estar de novo em praça pública contra um presidente da República que deu as costas ao povo brasileiro e que hoje quer declarar um apagão na democracia. Ele não irá apagar a luz da democracia porque dia 30 está chegando e teremos Lula presidente”, afirmou a ex-candidata do MDB à presidência da República.