Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, voltou a dizer nesta quarta-feira (18) que a tendência é a de que a Casa rejeite a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que resgata as coligações partidárias nas eleições de deputados e vereadores e também promove uma minirreforma eleitoral.
Apesar da constatação, o presidente do Senado disse que vai pautar o caso, que será analisado pelos senadores do plenário em respeito à votação na Câmara. Em outras oportunidades, Rodrigo Pacheco disse que a volta das coligações representaria um “retrocesso”.
“Eu tenho a minha posição pessoal em relação à manutenção do sistema político proporcional, sem as coligações partidárias, com a imposição da cláusula de desempenho, mas essa é uma decisão que será do plenário do Senado, nós devemos respeitar isso”, afirmou nesta quarta (18).
“Há uma tendência de manutenção do sistema atual, mas isso é do processo legislativo. Esse amadurecimento, ser submetido à CCJ. Os senadores ainda vão se debruçar sobre a matéria, mas a tendência é uma tendência, de fato, de manutenção do sistema político tal como é hoje”, declarou Pacheco.
As coligações são criticadas por especialistas em política e também por parte do Congresso Nacional. Isso porque, com elas, torna-se possível a união de partidos em um único bloco para a disputa das eleições de vereadores e deputados.
Com isso, surgem os chamados “partidos de aluguel”, que não seguem nenhuma ideologia específica e apenas negociam as cadeiras em troca de apoio. Na semana passada, Rodrigo Pacheco já tinha comentado sobre o assunto, ressaltando que o processo tal qual é hoje, é mais inteligente.
“Nós fizemos uma opção inteligente em 2017, e um dos itens é justamente o fim das coligações e, com a cláusula de desempenho, fará com que nós tenhamos menos partidos políticos e uma melhor representatividade na política”, declarou o presidente do senado.
PEC das coligações aprovado na Câmara
Na terça-feira (18), a Câmara dos Deputados voltou a debater sobre o tema, aprovando a PEC das coligações também em segundo turno. Na ocasião, os parlamentares aprovaram o projeto em questão, mas rejeitaram um outro, o do “distritão”, que serviria para eleger apenas os deputados mais votados, sem qualquer remanejamento.
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