O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) reservou cerca de R$ 1 bilhão em investimento para 32 novas estruturas de pesquisa agropecuária e 50 mil quilômetros em estradas vicinais. Isso quem afirma é Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, que concedeu entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” nesta segunda-feira (14). Na ocasião, ele ressaltou que, pela primeira vez, a agropecuária está sendo contemplada no PAC.
Esses aportes foram anunciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma cerimônia no Rio de Janeiro na última sexta-feira (11). “O presidente Lula reconhece a força do setor. Quando ele fala que irá governar para todos, é o presidente que fez o maior Plano Safra da história, que aprovou os transgênicos, criou o programa de biodiesel e agora coloca a agricultura no PAC pela primeira vez”, disse o ministro.
Ainda na entrevista, ele explicou que o investimento em pesquisa agropecuária compreende novos prédios, laboratórios, equipamentos para universidades e centros de pesquisa para a Embrapa. “No eixo pesquisa e inovação do PAC, a Embrapa volta a ter investimentos parrudos para cumprir seu papel e continuar o desenvolvimento de tecnologia de ponta para a agropecuária brasileira e mundial, garantindo segurança alimentar para o mundo”, relatou o chefe da pasta.
Ao todo, serão 34 projetos, sendo que dois já estão em andamento – em Campinas e no Rio de Janeiro – e quatro centros de pesquisa agropecuária. Os 32 novos serão localizados no Distrito Federal e nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Tocantins, Pará, Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá.
Na área da infraestrutura agropecuária, o PAC prevê um investimento em cerca de 50 mil quilômetros em estradas vicinais, que são vias usadas como conexões entre as áreas rurais e os centros urbanos.
De acordo com o ministro, “será investido na melhoria das condições das vicinais brasileiras, estruturadas em regiões de grande produção e potenciais de produção”. “São lugares onde as condições climáticas são desfavoráveis, chove muito e se produz muito, e as vias não pavimentadas não suportam. Será um programa estruturado em vicinais e, pela primeira vez, o Ministério da Agricultura vai participar com vicinais”, comentou Carlos Fávaro.
Esse projeto das vicinais, ainda conforme o chefe da pasta, abrangerá todos os Estados brasileiros, especialmente as regiões de maior produção agrícola e que utilizam o modal para escoamento da produção, segundo o ministro. Entre as regiões, o oeste da Bahia e o Estado de Mato Grosso receberão aportes com novas vicinais.
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