Assim como publicou o Brasil123, na última segunda-feira (19), foi lançado oficialmente o programa do governo Desenrola, criado com foco em proporcionar a renegociação de dívidas para pessoas físicas. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a iniciativa também pode impactar positivamente os pequenos negócios brasileiro.
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Segundo o Sebrae, esse impacto pode acontecer porque a maioria dos pequenos negócios brasileiros, 61%, que pegaram empréstimos em 2022, o fizeram como pessoa física. Nesse sentido, a instituição relata que, quem tiver débitos com bancos, pode limpar o nome com o programa.
Em entrevista ao portal do Sebrae, Giovanni Soares, agente de inovação e transformação digital da entidade, relatou que as empresas que conseguirem sair do vermelho pelo Desenrola ainda têm oportunidade de conseguir pegar empréstimos mais vantajosos como pessoas jurídicas no futuro e reorganizar as contas.
“Essa é uma boa oportunidade de poder fazer negociações de dívidas, permitir que as pessoas possam planejar melhor as suas finanças”, afirmou o especialista, completando que, hoje, existe outro benefício trazido pelo programa para os pequenos negócios: o aumento do poder de consumo.
Segundo ele, com menos dívidas, a população terá mais fôlego para gastar com produtos e serviços, o que pode aumentar as vendas e o número de clientes de uma empresa. “Os pequenos negócios vão ser os primeiros a se beneficiar desse aumento do consumo”, informou ele, relatando ainda que “a expectativa é que o Desenrola consiga promover um destravamento do consumo e um aumento da atividade econômica”.
No começo da semana, o Brasil123 mostrou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa pode limpar o nome de pelo menos 1,5 milhão de brasileiros que estão dívidas de até R$ 100, em uma “desnegativação” que deve custa cerca de R$ 100 milhões.
Este número pode aumentar se o Nubank aderir ao programa. Isso acontece porque, somente o banco digital, conta com um milhão de pessoas negativadas por dívidas de até R$ 100. Além disso, a expectativa do governo é atingir mais 30 milhões de pessoas com dívidas maiores. Esses indivíduos estão divididos em duas faixas:
- Cidadãos que recebem até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no CadÚnico (Cadastro Único);
- Pessoas físicas com renda de até R$ 20.000 e débitos financeiros negativadas até o último dia de 2022.
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