Os noticiários dos últimos dias tem sido bombardeado por informações a respeito da invasão da Rússia em território ucraniano. Contudo, esse evento não é algo isolado e passará a mudar toda a sua vida, segundo Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV. Isso porque existe uma nova ordem mundial em andamento e isso afetará os seus investimentos também. Dessa forma, é importante entender como você pode proceder daqui em diante.
Contudo, vale lembrar que tudo que será tratado nesse texto será algo para o longo prazo. Isso porque exige tempo mudar as atuais culturas, além de o panorama econômico precisar de tempo para mudar as relações comerciais entre países. Porém, se você chegar antes das outras pessoas, pode ter um sucesso maior nos investimentos.
Uma nova ordem mundial?
Oliver Stuenkel afirma que o mundo está em um processo de criação de uma nova ordem mundial. Segundo o professor, os poderes políticos, e econômicos por consequência, passarão gradativamente para o oriente, principalmente nas mãos da Rússia e da China. Atualmente, esse movimento já pode ser visto.
Isso porque Taiwan e Coreia do Sul já são países que influenciam em decisões econômicas. Eles são dois dos países mais ricos do mundo em termos de PIB per capita. Além disso, vale lembrar que a China já é a segunda maior potência econômica do mundo, com altos padrões de tecnologia e também usando mão de obra barata para atrair diversas indústrias. No caso da Rússia, a Europa é extremamente dependente do gás natural e do petróleo do país, uma das principais preocupações com a guerra.
Com o tempo, a ideia é que o oriente passe a ter uma economia mais forte, ganhando poder no cenário internacional e colocando o ocidente em xeque em suas culturas e em seus modos de produção. Por isso, investir no oriente pode ser uma boa forma de proteger o seu patrimônio, caso acredite nessa teoria.
Como investir na Rússia e no oriente?
Existem diversas formas de investir nos mercados orientais atualmente. Contudo, algumas delas são mais difíceis que outras, como a da Rússia. Contudo, como ainda é um movimento iniciante, pode ser que ao longo do tempo o mercado financeiro trate de trazer mais ativos com esses mercados para a bolsa brasileira.
Hoje, o meio mais fácil de investir no maior mercado asiático, a China, é através de um ETF de índice ou através de um ETF que investe no índice indiretamente. Estamos falando do XINA11, um ETF que investe no índice chinês internacional. Para o ETF de índice, o código é BCHI39. Na prática, os retornos são parecidos, dado que o XINA11 é composto 100% pelo BCHI39. Isso porque o BCHI39 chegou depois que o XINA11, o que justifica essa diferença. Para diversificar nos mercados de fora, você pode usar o BAAX39, que investe em diversos países. Ainda, é possível investir em uma das melhores economias do mundo, Taiwan, pelo BEWT39. Para quem tem contas em corretoras americanas, o ETF ERUS permite investir no mercado da Rússia
Com esses ativos, você deve sempre olhar para o longo prazo. A ideia é que você entenda que há um movimento gradual da ordem econômica mundial e que isso não acontecerá do dia para a noite.