Organizações e 16 partidos divulgaram uma carta nesta terça-feira (07) criticando o que eles chamaram de supostas “ameaças do Poder Executivo à democracia e à Constituição Brasileira”.
O grupo, intitulado como “Direitos Já!”, é uma iniciativa da sociedade civil que vem se reunindo desde 2019 e conta com lideranças de partidos políticos, organizações da sociedade civil e cidadãos mobilizados.
A organização, que conta com a participação dos partidos: PDT, MDB, PSB, PCdoB, PSOL, PSL, PT, PSDB, PV, Rede, Podemos, Solidariedade, Cidadania, PL, DEM e PSD, divulgou uma nota criticando o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Na segunda-feira (06), o chefe do Executivo foi às redes sociais convidar a população para ir às ruas nesta terça (07), “em paz e harmonia”, em comemoração ao 199° aniversário da independência do Brasil.
Todavia, o que se tem visto por parte dos apoiadores do presidente é a defesa de pautas antidemocráticas. Nesta terça (07), por exemplo, de acordo com as informações publicadas pelo portal “G1”, até às 11h, nove capitais brasileiras registravam manifestações a favor de Bolsonaro.
Nos movimentos, assim como tem sido registrado nos últimos meses, cartazes mostram que essas pessoas foram às ruas para apoiar pautas antidemocráticas como a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o grupo, a manifestação dos apoiadores de Bolsonaro neste 7 de Setembro precisa ser harmônica. Nesse sentido, “Direitos Já” destaca que, “qualquer atitude atentatória à independência dos poderes, ao primado da lei e à liberdade dos cidadãos seja duramente reprimida e debelada pela autoridade da Constituição, na defesa da ordem democrática”.
Carta de ex-presidentes
Na segunda-feira (06), mais de 150 parlamentares, ministros e ex-presidentes de 26 países divulgaram uma carta alertando para os riscos de atos em apoio ao presidente se configurarem como uma “intimidação às instituições democráticas do país”.
A carta foi coordenada pela rede global Progressive International e citou ações anteriores, como a apresentação de carros blindados da Marinha na Esplanada dos Ministérios, em agosto deste ano, e também declarações sobre a não realização das eleições no ano que vem, caso o voto impresso não fosse aprovado.
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