Nunca há trégua nas notícias sobre o principal programa de transferências do governo do Brasil. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, revelou recentemente que 5,5 milhões de brasileiros têm informações incorretas nos cadastros do Bolsa Família. Assim, hoje, o assunto deste artigo é sobre a notícia sobre os 5 milhões de beneficiários com irregularidades.
A partir de que momento constatou-se os beneficiários com irregularidades?
Observou-se as anomalias pela primeira vez no ano pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a partir deste momento, começou a operação pente-fino, para verificar as identidades dos beneficiários do Bolsa Família listados no banco de dados centralizado do governo.
Identificou-se alguns dos beneficiários inelegíveis e o governo federal reduziu seus benefícios de acordo.
Como forma de garantir que só recebam as parcelas quem de fato tem direito, o pente-fino em torno do Bolsa Família e do Cadastro Único vai continuar e a conclusão deve ser até o final de 2023.
Além disso, o processo é fundamental para abrir espaço no orçamento, para quem que cumpra os requisitos possa começar a receber o benefício imediatamente.
Quais são os focos de análise dos recebimentos irregulares neste ano de 2023?
Desde o início do ano, o Ministério do Desenvolvimento Social vem realizando análises com o objetivo principal de verificar as informações fornecidas pelas famílias cadastradas como “unipessoais”, ou pessoas solteiras. Isso se justifica porque há uma chance de que a separação familiar ilegal tenha ocorrido para que as mesmas pessoas possam reivindicar benefícios duas ou mais vezes em um mês.
A composição da renda é outra área de investigação, pois, até o momento, sabemos que não deve ultrapassar R$ 218,00 mensais por familiar. Houve a identificação de mais de 7.000 inscritos que relataram renda mensal superior a R$ 6.500,00. Mas, o governo federal tem dificuldade em identificar populações vulneráveis porque alguns beneficiários possuem informações desatualizadas no CadÚnico.
Atualmente, houve o bloqueio de mais de 2,7 milhões de contas no Bolsa Família até agora, e esse número deve aumentar. Estima-se que 5,5 milhões de imigrantes irregulares, provavelmente, não receberão seus benefícios até dezembro.
A suspensão serve como advertência preliminar de que pode haver o cancelamento dos pagamentos do beneficiário caso não cumpram as exigências do programa.
Como fazer para atualizar os cadastros no CadÚnico?
Os beneficiários dos programas de transferência de renda que estão recebendo o Bolsa Família ilegalmente, que possuem seus dados desatualizados ou se houve mudança de renda, endereço ou familiares, devem se dirigir a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Assim, terá seus dados atualizados e tornar-se legalmente elegível para o programa.
Dessa forma, os dados podem ser analisados, e o benefício pode ser liberado entre 15 e 45 dias depois, se tudo estiver de acordo com as regras do programa. Assim, os valores voltarão às pessoas cujos pagamentos foram suspensos. Mas, se os cadastros não forem atualizados no CRAS, num período de 60 dias, o registro será cancelado.
Se o seu cadastro está irregular, procure o quanto antes fazer a atualização e garanta que você não caia no pente-fino.