O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), da Polícia Civil, realizou nesta sexta-feira (05), em Teresina (PI), uma operação visando o cumprimento de três mandados de busca e apreensão na casa de motoristas de ônibus. A ação visou apurar informações que indicavam que esses profissionais estavam arquitetando planos para tentar danificar e queimar alguns veículos do transporte público da cidade.
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De acordo com o Greco, os três motoristas foram inquiridos e suas declarações serão reduzidas a termo. Ainda segundo as informações, o procedimento tem também o objetivo de apurar os recentes crimes relacionados a esses veículos.
“As diligências permitiram avançar nas investigações e também identificar pessoas que quebraram vidros de ônibus nos últimos dias”, revelou a corporação.
Vale lembrar que os motoristas e cobradores de ônibus estão em greve na capital do Piauí há 25 dias. O movimento é um protesto pela falta de pagamento do salário referente a janeiro e a renovação da convenção coletiva de trabalho.
Greve dos motoristas
Em greve há quase um mês, para receber, os motoristas terão que acabar com a greve. Isso porque, de acordo com o Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Teresina (Setut), a entidade decidiu aceitar a proposta da prefeitura de parcelar o débito que ela tem com as empresas, em uma entrada e 20 parcelas.
Todavia, segundo declaração do secretário de finanças e vice-prefeito de Teresina, Robert Rios (DEM), nesta sexta-feira (05), o pagamento da primeira parcela do acordo, no valor de R$ 1,6 milhões, só será feito após o fim da greve dos motoristas.
O imbróglio começou por conta da falta de pagamento, por parte da prefeitura, de um subsídio que serve para manter o valor da tarifa estipulada pelo poder público municipal. Ao todo, essa quantia, que não é paga há dez meses, já soma cerca de R$ 20 milhões.
Em nota, o Setut afirmou que a primeira preocupação do sindicato é pagar os salários atrasados dos trabalhadores quando a primeira parcela for paga pela prefeitura. “Pagando os salários atrasados, voltamos a uma situação de normalidade com os colaboradores”, disse a nota.
De acordo com o Setub, o débito da prefeitura é de dez parcelas de R$ 2,15 milhões. Todavia, após uma longa negociação, o sindicato, com as empresas envolvidas, decidiu aceitar a seguinte proposta:
- Entrada de R$ 1,6 milhão;
- 20 parcelas de R$ 970 mil.
Segundo o Setut disse que o valor de entrada não é suficiente para pagar as folhas de pagamento. “Mas a gente entende que é um avanço por parte da prefeitura, que dizia que não pagará nada. Acho que houve um entendimento de que se deve”, concluiu o comunicado.
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