A Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (Opep+) decidiu reduzir a produção de petróleo. A saber, o corte será o mais intenso desde o início da pandemia da covid-19 e visa impulsionar os preços internacionais da commodity.
Em resumo, o barril de petróleo estava custando US$ 120 três meses atrás. Contudo, o aumento do temor sobre uma eventual recessão econômica global derrubou os preços do barril. Assim, o petróleo passou a custar cerca de US$ 90 no final do mês passado.
Nesta quarta-feira (5), a Opep+ decidiu cortar a produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia. Pelo menos essas foram as informações passadas por fontes à Reuters. Aliás, a decisão pelo corte contrariou os Estados Unidos, que estavam pressionando a organização para aumentar a produção.
Vale destacar que o preço do petróleo se enfraqueceu nos últimos meses devido a três fatores principais. O primeiro foi a possível recessão global, que deverá reduzir a demanda por petróleo. Já o segundo fator são os aumentos das taxas de juros em diversos países, que tendem a enfraquecer a atividade econômica global.
Tudo isso acaba fortalecendo o dólar, que é o terceiro motivo para o enfraquecimento do petróleo. Em síntese, quando a moeda americana sobe, a commodity tende a se enfraquecer. E esse é o cenário atual, com o dólar mais forte e o petróleo mais fraco.
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Como ficam os preços dos combustíveis no Brasil?
A saber, a política de preços da Petrobras se baseia nas variações dos preços do petróleo e nas oscilações do dólar. Quando estes itens se fortalecem, a estatal costuma elevar os preços dos combustíveis no país. Inclusive, isso aconteceu bastante no primeiro semestre deste ano.
No entanto, entrou em vigor no país, no final de junho, uma lei complementar que limita a cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Graças a isso, os preços dos combustíveis estão caindo há meses no país.
Além disso, a Petrobras promoveu diversas reduções nos preços da gasolina e do diesel nos últimos meses. Isso ajudou a derrubar os seus valores nos postos de combustíveis.
Contudo, a expectativa para as próximas semanas não são tão positivas. Com a redução da produção de petróleo, os seus preços devem se fortalecer, pressionando a Petrobras a encarecer os combustíveis no país.
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