Começou esta semana uma nova fase do Open Banking. O sistema que vem sendo gradativamente implementado pelo Banco Central, já liberou o compartilhamento de dados entre contas.
Estes dados se referem à movimentação de contas, como extratos e limites. O Open Banking permite que este tipo de transação seja realizada entre contas de diversas agências bancárias diferentes.
Em um primeiro momento, o compartilhamento de dados se referia apenas aos dados cadastrais dos clientes. É o caso de nome, endereço, telefone, renda, e-mail, etc. Tudo isso pode ser feito através de uma única ferramenta, a plataforma integrada (API).
Na oportunidade, o Banco Central ressaltou que, esta ação permite que as instituições financeiras conheçam melhor os clientes já consagrados, bem como os futuros clientes, e assim, façam ofertas de serviços e produtos para que os cidadãos comparem o melhor custo benefício diante das taxas de juros mais acessíveis para cada perfil.
A expectativa de uso do Open Banking é que as instituições financeiras possam oferecer crédito sem análise. O sistema financeiro aberto possibilita o lançamento futuro de aplicativos capazes de fazer a junção dos dados de diferentes instituições financeiras com o propósito de fazer uma oferta se serviços de planejamento financeiro e muito mais.
Os representantes do Banco Central explicaram que o compartilhamento de dados é extremamente seguro e sigiloso. Além do regimento próprio do Open Banking, cada instituição financeira participante também precisará se submeter às regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Ressaltando que o processo de compartilhamento de dados ocorre apenas mediante autorização do titular, e fica a cargo do consumidor estabelecer os dados que ele quer receber e por qual período. Também não existe nenhum aplicativo próprio do Open Banking para download, o sistema será incluído nas plataformas digitais de cada banco como uma nova ferramenta, assim como aconteceu com o PIX.
A participação por parte do consumidor requer apenas a decisão de compartilhar ou não os dados junto a outros bancos, operação que normalmente será solicitada durante alguma contratação de crédito ou outro serviço financeiro. Se desejar e mudar de ideia, o usuário tem total autonomia para cancelar o procedimento a qualquer instante.
Independente das ações realizadas pelo cliente, o banco terá total acesso a todas as transações e dados financeiros autorizados para compartilhamento, bem como informações sobre a instituição receptora. Ressaltando que a solicitação de autorização deve ser específica quanto à finalidade do processo. Em outras palavras, ao que se refere o fornecimento, se é referente a algum serviço ou produto.
O Open Banking formulado pelo Banco Central será implementado no total de quatro fases até o final do mês de dezembro deste ano. A previsão é para que a terceira fase seja iniciada no dia 29 de outubro, quanto os serviços serão integrados resultando no lançamento de novas soluções aos clientes.
Nesta etapa o cliente poderá pagar as contas e fazer transferências bancárias sem recorrer ao internet banking ou o aplicativo do banco onde possui conta corrente ou poupança. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explicou que o consumidor poderá identificar a proposta desta etapa através de um modelo de negócio apresentado no comércio eletrônico.
“Por exemplo, ao comprar em um site de e-commerce será possível dar consentimento para um pagamento ou uma transferência dentro do próprio site de vendas, sendo redirecionado para o aplicativo ou site do banco apenas para autenticação de segurança do cliente”, ponderou.