Há mais de um mês que o planeta acompanha atônito a guerra na Ucrânia. Em 24 de fevereiro, a Rússia iniciou sua invasão ao país vizinho com bombardeios que já tiraram a vida de centenas de pessoas. E todos os impactos provocados pelos conflitos já estão afetando a economia global.
Na verdade, os conflitos no leste europeu estão desestabilizando os mercados internacionais há semanas. Os preços de importantes commodities, como petróleo, trigo e milho, dispararam no último mês, e a expectativa é que o cenário continue assim. A saber, não há expectativas para o fim da guerra no curto prazo.
Diante deste cenário, a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) revelou na quinta-feira (24) que a economia mundial deverá desacelerar neste ano. De acordo com os dados divulgados, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deverá crescer 2,6% em 2022, e não mais 3,6% como projetado anteriormente.
Economia do Brasil deverá crescer bem menos
Ainda segundo os dados da ONU, a economia brasileira deverá crescer 1,3% em 2022, metade da expansão econômica global. Originalmente, a ONU havia previsto um crescimento de 1,8% do PIB brasileiro neste ano. Contudo, os impactos provocados pela guerra entre Rússia e Ucrânia reduziram as estimativas de alta.
Vale destacar que a expansão do PIB brasileiro também ficará bem abaixo do índice de crescimento das economias emergentes, de 3,7%. Da mesma forma, a taxa brasileira não ficará próxima à média de crescimento estimada para a América Latina (2,3%) e a América do Sul (2,3%).
Ao considerar o G20, grupo das maiores e mais importantes economias do mundo, o desempenho do Brasil será o terceiro pior em 2022. Em suma, o crescimento do PIB brasileiro só irá superar o da África do Sul (1,1%) e da Rússia, cujo PIB deverá despencar 7,3% devido à guerra contra a Ucrânia.
Por fim, a ONU estima que os maiores crescimentos no G20 serão registrados por China (4,8%), Arábia Saudita (4,8%), Índia (4,6%) e Argentina (4,6%). O PIB dos Estados Unidos deverá crescer 2,4%, enquanto o do Japão avançará 2% e o da Alemanha 1,4%.
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