O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) suspendeu o programa de incentivo à redução do consumo de energia por grandes consumidores, como a indústria. A saber, o governo publicou uma portaria com as diretrizes desse programa em 23 de agosto devido à situação crítica dos reservatórios de hidrelétricas.
Em resumo, o programa incentivava a indústria e os grandes consumidores de energia a reduzir o consumo de energia. Além disso, indicava o uso energético fora dos horários de maior demanda do sistema elétrico. Tudo isso para evitar a sobrecarga no sistema elétrico, que poderia ocasionar apagões no país.
Vale lembrar que o ONS alertou no final de agosto que o país não teria capacidade de gerar energia elétrica suficiente para atender à demanda da população a partir de outubro. Inclusive, o Brasil precisou acionar mais termelétricas, que são mais caras que as hidrelétricas. Por isso, os brasileiros vêm pagando cada vez mais caro para ter energia em casa.
ONS divulga projeção mais positiva de chuvas
A suspensão do programa ocorreu devido a projeções mais positivas do ONS em relação às chuvas nas regiões das termelétricas. “A melhora das condições hidroenergéticas, a efetividade dessas ações emergenciais e a garantia de suprimento de energia em 2021 são os principais motivadores da decisão do Operador”, disse o ONS em nota.
Contudo, o órgão não descartou a possibilidade de retorno do programa em 2022, “caso seja identificada a necessidade de recursos adicionais para atendimento à demanda por energia elétrica no país”.
A saber, o Brasil continua enfrentando a maior crise hídrica na região das hidrelétricas dos últimos 91 anos. O ONS vem analisando de perto todas as possibilidades de chuva nestas regiões. E o mais recente revelou condições mais otimistas de chuva nas regiões.
Em suma, os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste são responsáveis pela geração de cerca de 70% da energia de todo o país. E são justamentes estas áreas que vêm sofrendo com a falta de chuvas nos últimos tempos. A propósito, os reservatórios devem chegar a 19,2% da sua capacidade no fim de novembro.
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