O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmou que não há risco de racionamento de energia elétrica ou apagão no Brasil em 2022. De acordo com o órgão, o nível das hidrelétricas continua se recuperando graças às chuvas mais regulares. Além disso, o ONS afirmou que medidas do governo federal também fortalecem as estimativas positivas para o próximo ano.
“As projeções são boas e estamos dizendo que estaremos muito melhores para atravessar 2022 porque tem mais água nas represas, seja por medidas adotadas, seja porque teremos mais 10 mil megawatts à disposição e mais linhas de transmissão”, disse Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.
“Não temos motivo para nos preocupar com apagão, desabastecimento ou racionamento”, acrescentou Ciocchi. A saber, o diretor-geral do ONS fez essas declarações na última quarta-feira (15).
A expectativa é que a capacidade dos reservatórios de hidrelétricas brasileiras chegue, em média, entre 58% e 62,1% em maio de 2022. Já o nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste deve ficar entre 55,9% e 58,9% no mesmo período. Isso representa um salto enorme na comparação com a projeção para o final de dezembro deste ano (22,6%).
Relembre a pior crise hídrica no Brasil em mais de 90 anos
O Brasil enfrentou a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, com a situação dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste em situação crítica. Estes reservatórios são responsáveis pela geração de 70% da energia do país. E a capacidade de armazenamento caiu para quase 10%.
Aliás, o governo anunciou no final de agosto a criação da “bandeira tarifária escassez hídrica”. Em resumo, a cobrança extra passava de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos para R$ 14,20. Isso porque a população já estava pagando a tarifa mais elevada até então, a bandeira vermelha patamar 2.
A crise hídrica foi tão severa no país, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a retração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre ocorreu devido à crise.
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