A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta nesta quarta-feira (8) a respeito da possibilidade de uma nova pandemia. A disseminação da gripe aviária (H5N1) para mamíferos causou medo sobre a possível transmissão para humanos.
Apesar de ter anunciado que a gripe aviária ainda representa risco baixo para humanos, a OMS destacou a necessidade de monitoramento da situação. “No momento, a OMS avalia o risco para os seres humanos como baixo. Mas não podemos presumir que continuará assim e devemos nos preparar para qualquer mudança no status”, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom.
De acordo com o representante da OMS, a transmissão em humanos tem sido “rara e insustentável” desde que a cepa da H5N1 surgiu em 1996. No ano passado, quatro pessoas foram infectadas com o vírus em todo o mundo e houve uma morte.
Em maio, o primeiro caso da gripe aviária em humanos foi registrado, nos Estados Unidos, contudo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apontou o caso como uma infecção isolada que “não altera a avaliação de risco humano para o público em geral”.
Mesmo apresentando risco baixo para transmissão em humanos, ainda existe a necessidade de monitoramento da H5N1. Segundo o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, a gripe aviária representa uma ameaça constante devido ao seu potencial causador de pandemia. “A vigilância em animais é importante para detectar quaisquer alterações no vírus que tenham implicações para a saúde humana”, ressaltou.
OMS recomenda o fortalecimento da vigilância
Diante da disseminação da gripe aviária (H5N1) para mamíferos e alerta sobre uma possível pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o fortalecimento da vigilância em ambientes onde humanos e animais interagem, como fazendas.
Entre as recomendações estão os cuidados em interações entre humanos e animais, além do alerta para que as pessoas não toquem em animais selvagens mortos ou doentes. Nestes casos, a orientação é que as pessoas denunciem o caso às autoridades locais e nacionais, que estão monitorando a situação.
“A OMS também continua a se envolver com os fabricantes para garantir que, se necessário, suprimentos de vacinas e antivirais estejam disponíveis para uso global”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom.
Apesar do vírus H5N1 se espalhar entre aves domésticas e selvagens há 25 anos, a recente transmissão para mamíferos chamou a atenção da OMS. De acordo com o diretor-geral, os casos de infecções em martas, lontras e leões marinhos “devem ser observados de perto”.