A Polícia Civil revelou, nesta terça-feira (10), que o oficial de Justiça Alexandre Diamantino, de 48 anos, teria matado a ex-companheira, a professora aposentada Adriana Mistilides Silva, de 56, porque não aceitava o fim do relacionamento dos dois.
De acordo com Sebastião Biasi, delegado à frente do caso, o crime aconteceu na manhã de segunda-feira (09) em Jales, no interior de São Paulo. Ao chegar no local, os policiais encontraram os dois mortos, visto que, após matar a professora aposentada, o oficial de justiça cometeu suicídio.
Segundo Sebastião Biasi, o relacionamento do casal havia terminado há cerca de um mês. “É mais um caso de feminicídio. Uma violência doméstica. Um rompimento de namoro. Ele não aceitou o final do relacionamento e acabou tirando a vida dela. Ele não tinha nenhuma passagem pela polícia. As duas famílias são tradicionais e ambos eram pessoas idôneas”, explicou o delegado.
Conforme o agente da Polícia Civil, o corpo da professora foi encontrado caído perto da porta da residência por funcionários de uma empresa de materiais de construção. Já o homem foi localizado em um dos quartos do imóvel. Ao chegar na casa, os investigadores logo constataram que o caso se tratava de um feminicídio seguido de suicídio.
“Parece que ele estava tentando reatar o namoro. Parece que ela não estava aceitando. Uma testemunha disse que a vítima recebeu o autor na casa normalmente. Ele entrou e, logo depois, a testemunha escutou os estampidos”, detalhou o delegado.
Adriana, que havia procurado a delegacia para registar um boletim de ocorrência por ameaça, foi atingida com tiros nas costas, na cabeça e no braço. “Ela foi ameaçada com um bilhete. Após romper com o suspeito, ela até colocou câmeras na casa. Nós acreditamos que não houve nem discussão no momento das mortes”, disse.
De acordo com a Polícia Civil, foram apreendidos inúmeros projéteis e também um revólver calibre 38. O velório e enterro de Adriana, que deixa três filhos e três netos, foi realizado na manhã desta terça-feira (10).
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