A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) revelou nesta quarta-feira (13) que os países produtores de petróleo devem entregar menos commodity do que o esperado. A saber, a projeção se refere aos países que não fazem parte da Opep nem são seus aliados.
Em resumo, a Opep reduziu em 300 mil barris por dia a quantidade de petróleo que estes países produzirão até o final de 2021. Dessa forma, a produção diária deve ficar em 700 mil barris. E isso deve ocorrer devido à redução da produção de petróleo do Golfo do México após o furacão Ida. Além disso, interrupções na produção do Canadá, do México e na região do Cáspio fizeram a Opep reduzir ainda mais as estimativas para 2021.
Da mesma forma, a Opep projeta uma demanda global da commodity de 5,8 milhões de barris por dia. Na última projeção, a Opep acreditava que a demanda por petróleo chegaria a 5,96 milhões de barris diariamente.
No entanto, a própria organização revelou ter recebido informações sobre produtores com sede em Viena. Em suma, a notícia é que estes produtores tenham aumentando suas produções em quase 500 mil barris de petróleo por dia em setembro. Nesse caso, os riscos com os baixos estoques ficam menos preocupantes.
Estoques baixos causam temores no mercado
A saber, o mundo sofre com estoques relativamente baixos de gás natural. Isso vem acontecendo devido à crise energética que o planeta está enfrentando. Ao mesmo tempo, a Europa sofre com os baixos níveis de vento, enquanto a escassez de carvão atinge a China.
Todo esse cenário preocupa, uma vez que o mundo está retomando suas atividades econômicas após a pandemia da Covid-19. Aliás, a crise sanitária, por si só, já ajuda a impulsionar os preços dos produtos e serviços no mundo. Contudo, a crise energética torna tudo ainda mais preocupante.
Em síntese, os preços dos combustíveis fósseis dispararam em setembro. A propósito, os preços do petróleo bruto Brent, que é a referência mundial, dispararam cerca de 60% este ano. Já os preços de referência europeus do gás saltaram 158% em relação ao nível de três meses atrás. Tudo isso segue preocupando, e não há expectativas sobre a melhora da situação a curto prazo.
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