A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) divulgou na última quarta-feira (1º) uma nova revisão de suas projeções para a economia mundial em 2021. De acordo com os dados do relatório, o Produto Interno Bruto (PIB) global deve crescer 5,6% neste ano.
Isso representa um leve recuo de 0,1 ponto percentual (p.p.) na comparação com a última estimativa (5,7%). Embora a queda tenha sido bem pequena, indica que a retomada econômica global não se mostra tão forte quanto anteriormente.
A saber, o principal motivo que fez a OCDE revisar suas estimativas foram os “gargalos de oferta, menor poder de compra, taxas de juros mais altas e incerteza política desaceleraram o ritmo de recuperação”.
Já a projeção de crescimento econômico mundial para 2022 permaneceu em 4,5%. “A falha em garantir uma vacinação rápida e eficaz em todos os lugares está se revelando cara, com a incerteza permanecendo alta devido ao surgimento contínuo de novas variantes do vírus”, destacou a OCDE.
Vale destacar que o relatório da entidade não trouxe estimativas envolvendo a nova variante da Covid-19, a ômicron. No entanto, a economista chefe da OCDE, a francesa Laurence Boone, afirmou que a cepa “pode representar uma ameaça para a recuperação” econômica global.
“Estamos preocupados com fato de que esta nova variante, ômicron, acrescenta incerteza ao clima já existente, o que pode representar uma ameaça para a recuperação”, disse Boone.
PIB do Brasil deve crescer menos em 2021 e em 2022
A OCDE também divulgou suas projeções para a economia brasileira. Em suma, o PIB nacional deve crescer 5% em 2021, em vez de 5,2% como projetado anteriormente. Da mesma forma, a economia do país também deverá ter um avanço mais tímido em 2022, de 1,4%, em vez de 2,3%.
Segundo a entidade, “a incerteza política prolongada e o aumento do risco fiscal podem minar a credibilidade das regras fiscais, desancorar as expectativas de inflação e reduzir o crescimento do investimento” no Brasil. Aliás, a taxa de crescimento da economia brasileira é a menor entre os países do G20, grupo das principais economias do planeta.
Em 2021, os maiores avanços devem ser registrados por Índia (9,4%), Turquia (9,0%), China (8,1%) e Argentina (8,0%). Já em 2022, os destaques positivos do G20 deverão ser: Índia (8,1%) e Espanha (5,5%). Já os Estados Unidos devem ter alta de 5,6% em 2021 e de 3,7% em 2022.
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