Os trabalhadores do Brasil não têm muito o que comemorar quando o assunto é salário mínimo. De acordo com um levantamento realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país ocupa a penúltima posição, à frente apenas do México.
Tradicionalmente, a pesquisa considera os dados de 32 países, englobando os seus integrantes, mais o Brasil e a Rússia. No entanto, desta vez, o Japão ficou de fora.
A saber, os dados deste levantamento são de 2021. Isso quer dizer que a OCDE considerou a remuneração paga em 2021 aos trabalhadores do mundo. E, no Brasil, o salário mínimo no ano passado era de R$ 1.100.
Vale destacar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê reajustar o salário mínimo e a aposentadoria de uma maneira diferente em 2023, caso Bolsonaro seja reeleito.
Pela proposta da equipe econômica, o piso “considera a expectativa de inflação e é corrigido, no mínimo, pela meta de inflação”. Atualmente, o reajuste salarial ocorre segundo a inflação do ano anterior.
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Salário mínimo no Brasil é de US$ 5,2 por hora
Em síntese, o levantamento da OCDE usou o dólar como moeda-base. Além disso, a pesquisa ajustou os salários pela paridade do poder de compra, e considerou a inflação de cada país na elaboração do ranking.
Ao levar todas estas variáveis em conta, o Brasil teve um salário mínimo de US$ 5,21 por hora. Essa valor só superou o do México, cujo salário mínimo médio foi de US$ 3,32 por hora. Contudo, o piso profissional brasileiro não superou mais nenhum país, ou seja, o Brasil ocupou a 30ª posição no ranking com 31 países.
Veja abaixo o top cinco do ranking da OCDE:
- Luxemburgo – US$ 27,7 por hora
- Holanda – US$ 26,2 por hora
- Austrália – US$ 25,2 por hora
- Nova Zelândia – US$ 24,7 por hora
- Alemanha – US$ 24,5 por hora
Isso mostra que os cidadãos destes países recebem ao menos quatro vezes mais que os trabalhadores do Brasil. Também vale ressaltar que o Brasil ficou atrás dos vizinhos sul-americanos: Chile (US$ 8,3 por hora) e Colômbia (US$ 8,1 por hora)
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