As debêntures são títulos de crédito emitido por empresas de capital aberto ou não, a fim de financiarem seus próprios projetos. Na prática, você vai emprestar dinheiro para uma empresa em troca de juros. Dessa forma, quando você investe em debêntures concede recursos por um determinado período e aceita um retorno para possibilitar que a empresa expanda. Este produto é de renda fixa. Ou seja, você sabe exatamente como e quanto vai ser remunerado. Mesmo que não conheça de imediato o retorno exato. Confira agora, no Brasil 123, o que são debêntures o como investir.
Tipos de debêntures
Existem vários tipos de debêntures, mas as mais conhecidas são as listadas abaixo:
- Conversíveis – mesclam características de renda fixa e renda variável. Elas podem ser trocadas por ações da companhia emissora. É como se em vez de você receber o dinheiro de volta corrigido por juro, você possa ser pago pela empresa por meio de uma participação acionária;
- Simples ou não conversíveis – funcionam de forma mais convencional. Neste caso, quem investe vai sempre receber com juros sobre o valor aplicado de acordo com as condições de ofertas. Esse tipo de debênture, não prevê a possibilidade de conversão em ações;
- Incentivada – recebem o incentivo pela isenção do IR, por elas investirem em obras de infraestrutura brasileira. Como saneamento básico, transporte e energia;
Os prós e contras desse investimento
Prós – uma alternativa a mais de investimento na renda fixa. Como envolvem um risco de crédito adicional da empresa emissora, elas tendem a pagar um maior retorno ao investidor do que outros produtos desta mesma classe. Outra vantagem é uma forma a mais de diversificar sua carteira, inclusive com empresas de diferentes portes, setores e objetivos distintos.
Contras – podem ter prazos de vencimento muito longos e começam em geral, com 2 anos, mas podendo chegar a 10 anos ou mais e nem sempre consegue resgatar o dinheiro antes dessa data. A debênture é um mercado em desenvolvimento e por isso se você precisar de recursos antes do vencimento, pode enfrentar algumas dificuldades além de pressão sobre o preço dos ativos.
Como escolher uma empresa
Esse investimento não é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito, até por não ser um produto bancário. Então fique atento ao escolher uma empresa.
- Ela deve ser sólida e com condições de arcar com seus compromissos;
- Evitar empresas muito endividadas, com dificuldade de crescimento;
- Fique de olho nas agências de classificação de risco. Elas atribuem uma nota ao nível de risco de crédito da companhia. Se é boa ou má pagadora.
Custo envolvido
O custo envolvido vai depender da instituição financeira. Pode-se exigir taxas de intermediação e corretagem assim como de custódia, mas em muitos casos não cobra-se nenhum tipo de taxa sobre esse investimento.
Tributação
Com relação à tributação que incide sobre os rendimentos, o IR segue a tabela regressiva da renda fixa. Dessa forma, quanto mais longo for o investimento, menor vai ser o imposto a pagar. Começando com 22,5% para aplicações até 6 meses, chegando a até 15% caso o prazo supere os 2 anos. Não esquecendo que as debêntures inventivas são livres de impostos.
Esse investimento tem sido cada vez mais acessível. Você pode negociar por meio de sua corretora, seja no mercado secundário ou ofertas públicas de distribuição se forem papéis novos. Nesse caso vale a pena conferir as informações no site www.cvmweb.cvm.gov.br da CVM, ou seja, no site da Comissão de Valores Imobiliários.