Em Niterói, no Rio de Janeiro, uma profissional de saúde aplicou uma agulha no braço de um idoso. Mas as imagens mostram que só a agulha entrou. Já o líquido imunizante não. A profissional de saúde recebeu o afastamento.
Em nota, a Prefeitura disse que se trata apenas de um “caso isolado”. Mas é um caso isolado em Vitória, outro em Petrópolis e outro em Maceió. Dia após dia, as pessoas compartilham mais e mais casos semelhantes. O que nos leva a crer que esses não são casos isolados.
Mas o que pode acontecer com os profissionais que fazem isso? Em todos esses casos, as Prefeituras decidiram afastar os empregados. Mas aí fica a pergunta: e depois? O que vai acontecer com eles? Há alguma punição?
No campo administrativo a resposta é sim. É que os Conselhos Regionais de Enfermagem poderão abrir investigações. Se eles comprovarem que houve realmente esse erro, esse profissional pode perder o direito de seguir trabalhando na área. É a cassação do registro.
Já no campo criminal, a situação muda um pouco. Por se tratar de uma realidade nova, a nossa legislação não fala exatamente sobre esse tipo de prática. Seja como for, já existe um projeto na Câmara que quer uma punição criminal de oito a 12 anos de prisão. Não há data para votação ainda.
Vacina para a população
Seja no campo administrativo ou criminal, o fato mesmo é que é preciso investigar todos esses casos antes de qualquer punição mais grave. O afastamento desses trabalhadores é o primeiro passo e pode acontecer assim que a suspeita vir à tona.
Casos de profissionais que estão apenas fingindo que aplicam a vacina estão crescendo e causando revolta em todo o país. Diante desse cenário, especialistas pedem que pessoas não deixem os seus idosos se vacinarem sozinhos.