Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, comentou nesta segunda-feira (20) sobre a volta do programa Mais Médicos. De acordo com o chefe do Executivo, os próximos editais darão prioridade a brasileiros, sejam formados no Brasil ou no exterior. No entanto, o petista ressaltou que “o que importa é a nacionalidade do paciente” e que, nesse sentido, o governo não descarta a contratação de profissionais estrangeiros.
“O programa está voltando agora com um cuidado excepcional, um cuidado muito grande. Nós queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros, formados adequadamente. Se não tiver condições, a gente vai querer médicos brasileiros formados no estrangeiro, ou médicos estrangeiros que trabalham aqui”, disse Lula.
Conforme o presidente, caso não haja médicos brasileiros, o governo fará o “chamamento” de profissionais estrangeiros, para que eles ocupem essa tarefa. “Porque o que importa para nós não é apenas saber a nacionalidade do médico, é saber a nacionalidade do paciente, que é um brasileiro que precisa de saúde”, completou o presidente.
A volta do Mais Médicos
Assim como publicou o Brasil123, a volta à ativa do programa foi revelada no final de semana por Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O programa sofreu resistências nos últimos anos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que optou por criar, assim que assumiu o poder, em 219, o Médicos pelo Brasil, criado para substituir o programa petista, o que na prática não aconteceu, pois, na realidade, os dois programas estavam existindo de forma concomitante.
“O Mais Médicos está de volta! Na próxima segunda ocorre o lançamento do programa, que além de ampliar o número de profissionais na saúde, vai trabalhar para melhorar o SUS com investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas, ampliando o atendimento no Brasil”, publicou Paulo Pimenta em sua conta do Twitter.
Segundo o ministro, durante o governo Dilma, o programa chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios ao contratar mais de 18 mil profissionais. Não suficiente, o ministro afirmou que o programa beneficiou 63 milhões de brasileiros.
“O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS. Com retomada do Mais Médicos será incluído profissionais especializados em diversas áreas para ampliar o atendimento à população, com incentivos de permanência nos municípios. Além disso, terá prioridade para os médicos brasileiros”, complementou Paulo Pimenta.
Conforme o governo, a expectativa é abrir 15 mil vagas ainda neste ano – sendo 10 mil com contrapartida de financiamento dos municípios. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o edital de convocação para os cinco mil postos que já existem e estão desocupados deve sair ainda nesta semana.
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