Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, comentou nesta segunda-feira (11) sobre o crime cometido pelo policial penal Jorge Guaranho, que é simpatizante do chefe do Executivo e matou a tiros Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Na ocasião, enquanto entrava do Palácio do Planalto, em Brasília, Bolsonaro reclamou das pessoas que, de acordo com ele, estão tentando associá-lo ao crime cometido por Jorge Guaranho. “O que eu tenho a ver?”, questionou o presidente. “Quando o Adélio me esfaqueou, ninguém falou que ele era filiado ao PSOL”, afirmou o Bolsonaro em alusão a Adélio Bispo, que desferiu uma facada no chefe do Executivo durante a campanha de 2018.
“Agora, o que eu tenho a ver com esse episódio de Foz do Iguaçu?”, perguntou aos jornalistas que o acompanhavam na manhã desta segunda sobre o caso do integrante do PT, que foi morto no final da noite de sábado (09). Para Bolsonaro, realmente o Brasil passa por um período de polarização. No entanto, ele ressalta que é contra todo o tipo de violência.
“Eu sou contra qualquer ato de violência. Eu já sofri disso na pele. A gente espera que não aconteça, obviamente. Está polarizada, a questão. Agora, o histórico de violência não é do meu lado. É do lado de lá”, disse.
Por fim, Bolsonaro ainda afirmou que as pessoas querem o incriminar a todo tempo. “Eles querem me criminalizar o tempo todo. Tentando bater na mesma tecla, como se eu fosse responsável pelo ódio no Brasil. Pelo amor de Deus. Só falta daqui a pouco ter briga de torcida e me criminalizar também”, concluiu ele.
Relembre a morte do integrante do PT
Assim como publicou o Brasil123, Marcelo Arruda foi morto no momento em que comemorava seus 50 anos, em uma confraternização que tinha como tema o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT).
Na ocasião, o suspeito teria chegado ao local gritando o nome de Bolsonaro e ouvido das pessoas o pedido para que ele deixasse o local. Ele saiu, mas ressaltou que iria voltar. Alguns minutos depois, Jorge Guaranho voltou armado e atirou contra Marcelo Arruda, que conseguiu revidar.
O integrante do PT morreu no local. Já o suspeito foi socorrido e levado ao hospital em estado grave. No domingo (10), a Polícia Civil havia informado que o suspeito tinha morrido. No entanto, no final da noite do mesmo dia, a mesma corporação mudou a informação e disse que o acusado se encontra em estado estável no hospital.
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