Qualquer pessoa que já tenha lutado em um curso difícil no colégio vai perguntar: “Usarei essas coisas depois da formatura?” Após a formatura, os alunos provavelmente não vão precisar lembrar das cadeias de determinado composto químico ou lembrar do significado de E=mc² diariamente.
No entanto, uma coisa é certa: todos os alunos precisarão saber como administrar o dinheiro com sabedoria, e quanto mais cedo melhor. Desse modo, se a educação financeira fosse ensinada no início da escola, muitos problemas financeiros enfrentados pelos brasileiros poderiam ser evitados.
Educação financeira: O grande problema dos brasileiros
Os fatos provam que a falta de educação financeira no Brasil é devastadora. Isso fez com que muitos brasileiros acumulassem dívidas de cartão de crédito e empréstimos, vivendo do seu salário sem economizar dinheiro suficiente para a aposentadoria.
Como resultado, as pessoas não podem comprar casas ou, em alguns casos, não podem colocar comida suficiente na mesa. No panorama geral, milhões de brasileiros que geralmente não têm planejamento financeiro vem lutando diariamente, sonhando em um dia sair das dívidas.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de brasileiros endividados cresceu pelo 11º mês seguido, chegando a 74,6% das famílias.
Com o novo recorde, a CNC estima que cerca de 12,2 milhões de famílias estão com cheques pré-datados, cartões de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e de casa.
Importância da educação financeira
Embora as aulas de educação financeira possam não ser a maior preocupação para os educadores, tendo em vista que já estão trabalhando duro para ensinar aos alunos virtualmente durante a pandemia, creio que este é o momento que os alunos mais precisam.
Foi praticamente inevitável a destruição e as dificuldades financeiras que as pessoas sofreram durante a crise, entretanto, elas poderiam ser aliviadas através de uma educação financeira mais ampla. Uma vez que muitos brasileiros vivem de um salário mínimo quase não conseguem sobreviver, é óbvio que a maioria das pessoas não tem um fundo de emergência, muito menos para as consequências tão grandes da pandemia.
O ensino da educação financeira busca mostrar aos alunos os conceitos básicos de gestão de fundos, orçamento, poupança, dívida, investimento, doações, etc. Este conhecimento estabelece a base para que os alunos estabeleçam hábitos de gestão financeira sólidos o mais cedo possível e evite muitos erros que levam a lutas com as dívidas ao longo da vida.
Educação financeira: O que pode ser ensinado?
Criando um fundo de emergência
A primeira coisa que os alunos devem entender no aprendizado sobre a educação financeira é reservar dinheiro para emergências. Em emergências financeiras, como perda de celular ou pneu furado, se os alunos não tiverem dinheiro guardado, eles podem estar endividados. Todavia, quando existe um fundo de emergência, grandes problemas se transformam em pequenos inconvenientes.
Fique longe das dívidas
Assumir uma dívida na maioria dos casos, não é uma decisão inteligente. No entanto, este é um enorme encargo financeiro que muitos brasileiros suportam. Dinheiro de volta, pontos na companhia aérea, pagamento mensal mínimo e entrada zero, são promessas vazias.
Saiba para aonde vai o dinheiro
Após entender como o custo do café da manhã aumentou em um mês, os alunos descobrem que realizar pequenas alterações gerenciáveis em suas despesas diárias tem um grande impacto em sua situação financeira. Além disso, manter as despesas mensais recorrentes o mais baixas possível faz com que os alunos economizem muito dinheiro ao longo do tempo, podendo utilizá-lo para atingir seus principais objetivos.
Em suma, a educação financeira é estritamente importante, agregando aos indivíduos habilidades para tomar decisões bem informadas em relação ao dinheiro em todas as áreas da vida.