A leishmaniose é uma doença não contagiosa com parasitas do gênero Leishmania como principais causadores da enfermidade. Estes microorganismos crescem e se multiplicam nas células de defesa do organismo humano que são chamadas de macrófagos.
Segundo Valdir Amato, infectologista, essa doença é conhecida pela ciência como antropoonoze, pois acomete animais silvestres, cães sem vacina e, consequentemente, os homens que vivem perto desses pets. Por ser uma enfermidade que apresenta uma longa evolução, o tratamento pode levar alguns meses ou mais de um ano para ser finalizado.
Veja as causas da leishmaniose
Para entender as causas da leishmaniose é preciso conhecer, primeiramente, o seu transmissor que, por sua vez, é o inseto hematófago, ou seja, aquele que se alimenta de sangue. Esses animais medem entre 2 e 3 mm de comprimento e seu tamanho diminuto faz com que consigam atravessar as malhas de mosquiteiros comuns nas janelas.
De cor amarelada ou acinzentada, suas asas se mantêm abertas quando eles estão repousando e seus nomes podem diferir em cada região brasileira. Os mais comuns são:
- Mosquito-palha;
- Tatuquira;
- Asa branca;
- Birigui;
- Entre outros.
Mais encontrado em locais úmidos, os animais silvestres depositam o parasita em seu tubo digestivo ou usam seu cão doméstico como principal hospedeiro. Aqueles parasitas que encontram abrigo em roedores silvestres causam a leishmaniose cutânea e a principal fonte de propagação é a raposa-do-campo.
Tipos de leishmaniose
Como citamos brevemente, existem dois tipos de leishmaniose: a cutânea e a visceral. Veja mais sobre essas variações:
Leishmaniose cutânea
Caracterizada por ferimentos nas partes expostas do corpo, essa doença é famosa como ferida brava. Muitas vezes, essas feridas não apresentam dor, mas vão aumentando com o passar dos dias e demoram bastante para cicatrizar.
Então, tem sua causa por três tipos de parasitas do gênero, a leishmania braziliensis causa a leishmaniose monocutânea que, por sua vez, é característica pelas lesões nas mucosas da nasofaringe que acabam destruindo a cartilagem do nariz e provocam deformações faciais graves.
Leishmaniose visceral
A leishmaniose visceral é sistêmica, portanto, acontece em vários órgãos ao mesmo tempo, especialmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de doença acomete mais as crianças de até 10 anos, pois depois desse período é mais difícil contrair os sintomas da doença.
Como tratar leishmaniose?
Geralmente, a leishmaniose tem tratamento com a ingestão de dois medicamentos: antimoniais pentavalentes e anfotericina B. Os primeiros são os que mais tem indicação pelo médico, apesar dos efeitos colaterais que podem causar. Afinal, cada droga apresenta suas características e, por isso, cabe ao médico indicar qual é a melhor opção analisando o quadro clínico de cada paciente.
A leishmaniose te cura, desde que o tratamento seja feito corretamente, mas é preciso considerar uma possível depressão do sistema imune permanente em pacientes que tiram a infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou transplantados e ainda os pacientes que possuem doenças crônicas como diabete, hipertensão ou câncer.
Sendo assim, ainda vale lembrar que, apesar do tratamento, as feridas da leishmaniose cutânea podem aparecer novamente depois de seis meses. Fique atenta aos sintomas!