Uma moeda inédita se vislumbra no cenário brasileiro, diferentemente do DREX, a moeda virtual oficial do país. O presidente Lula declarou que esta nova moeda tem a finalidade de mitigar a vulnerabilidade nas transações. Contudo, será que estamos presenciando o desfecho do Real? Saiba mais sobre este projeto.
No Brasil, uma nova moeda está no horizonte
Contrariando a trajetória do DREX, a moeda digital já anunciada, o país está prestes a incorporar uma outra moeda. Porém, sua existência não deve comprometer a existência contínua do Real, pois está prevista para ser empregada apenas em determinadas circunstâncias.
Neste último dia 23, durante sua participação na XV Cúpula dos Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a iniciativa da nova moeda. Ela é projetada para minimizar as fragilidades enfrentadas pelas nações integrantes do bloco.
O grupo Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Na perspectiva de Lula, a criação de uma moeda para as transações comerciais e investimentos entre os membros do Brics aumenta as condições de pagamento e reduz as vulnerabilidades. Esse posicionamento foi expresso durante a sessão.
Essa moeda está destinada a ser usada exclusivamente entre os países componentes do Brics; é importante recordar que mais de 20 nações já manifestaram interesse em aderir ao bloco.
O presidente também lançou questionamentos sobre a dependência do dólar e expressou o desejo de realizar transações sem estar submetido à influência da moeda estadunidense.
Financiamentos em âmbito mundial
Ademais, o presidente levantou indagações sobre o modelo de concessão de financiamentos em escala global, sugerindo que tais abordagens prejudicam nações em desenvolvimento. Esta quinta-feira, dia 24, marcará o encerramento da XV Cúpula dos Brics.
E a nova moeda do Brasil, Real digital será incorporado aos bancos ou terá uma plataforma separada?
No início desta semana, o Banco Central promoveu uma transmissão ao vivo para esclarecer detalhes e fornecer informações mais precisas sobre o DREX, também conhecido como Real Digital, que será introduzido no futuro para todos os cidadãos brasileiros.
Uma das interrogações que surgiram é se ele estará integrado aos bancos existentes ou se será implementada uma plataforma independente para sua operação.
Assim, o DREX representará a transposição digital da moeda física Real. Um dos seus propósitos é facilitar as transações online, proporcionando uma camada adicional de segurança para os indivíduos no Brasil.
Desvendando os aspectos do DREX
Como já mencionado, o DREX funcionará como uma adaptação virtual do Real que conhecemos. Ele será a mesma unidade monetária presente nas contas bancárias e poderá ser acessado por meio de carteiras de ativos digitais para diversos serviços financeiros.
Ele substituirá o papel-moeda?
O Real Digital não está destinado a suprimir a existência do dinheiro físico. Pelo contrário, ele representa uma nova modalidade de utilização do dinheiro. As pessoas possuem diferentes maneiras de gastar seus recursos, e a ideia por trás dessa versão digital da nossa moeda é introduzir mais uma alternativa de uso.
Haverá uma plataforma exclusiva para o DREX?
Os cidadãos brasileiros acessarão o Real Digital por meio dos aplicativos bancários de suas respectivas instituições financeiras. O DREX não será acessado diretamente. Cada indivíduo pode optar pela instituição que preferir.
A partir daí, terá acesso ao leque de serviços e produtos oferecidos por essa instituição ou outras por meio do open finance. Cada cliente tem a liberdade de escolher se deseja ou não adotar o Real Digital.
Taxa de câmbio
É fundamental ressaltar que o Real Digital nunca terá uma taxa de câmbio superior à do dinheiro físico. O DREX não é uma criptomoeda, na qual o valor está sujeito a flutuações baseadas em oferta e demanda.
Previsão de lançamento
Conforme comunicado pelo Banco Central, a previsão é lançar o DREX para o público em geral no final de 2024. Sendo assim, ainda é cedo para determinar o impacto do Real Digital no cotidiano dos brasileiros. Agora, resta aguardar para desvendar o que o futuro nos reserva.