Você usa o Bluetooth no seu celular? Então, precisa ficar por dentro dessa novidade.
A saber, pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, desenvolveram uma alternativa inovadora e mais eficiente em termos de energia para a transmissão de dados, com o potencial de substituir o Bluetooth em telefones celulares e outros dispositivos tecnológicos.
Em suma, a nova técnica, denominada modulação de campo elétrico, utiliza ondas elétricas em vez de ondas eletromagnéticas, oferecendo uma solução de baixo consumo de energia para a transmissão de dados em curto alcance. Além disso, mantém uma alta taxa de transferência, necessária para aplicações multimídia.
Alternativa para o Bluetooth nos celulares
Com o poder de melhorar a vida útil da bateria em fones de ouvido, rastreadores e outros equipamentos, a tecnologia traz possibilidades de interação com dispositivos para casas inteligentes.
Sendo assim, é possível, por exemplo, a troca de números de telefone simplesmente apertando as mãos ou destrancar portas tocando na maçaneta.
Ainda mais, a modulação de campo elétrico se mostra especialmente adequada para a comunicação em Redes de Área Corporal (BAN), frequentemente usada em tecnologias wearables.
Ao contrário da modulação eletromagnética usada em tecnologias como Bluetooth, Wi-Fi e 5G, a nova abordagem da Universidade de Sussex promete uma redução significativa no consumo de energia dos dispositivos, sem sacrificar a qualidade da transmissão de dados.
Já está disponível? É melhor de verdade?
Liderada pelos professores Robert Prance e Daniel Roggen, a equipe demonstrou a eficácia dessa tecnologia integrando o sistema de modulação de campo elétrico em um par de fones de ouvido comerciais.
Contudo, a qualidade ainda não pode ser comparada com a do Bluetooth, pois fornece áudio de 8 bits a 16 kHz para uma taxa de transferência de 128 Kb/s. Entretanto, a tecnologia representa um passo promissor para melhorar a vida útil da bateria e o desempenho de futuros dispositivos vestíveis.
Próximos passos para viabilizar a alternativa ao Bluetooth
Por fim, cabe citar que a equipe da Universidade de Sussex agora busca por parcerias industriais com foco em reduzir os circuitos eletrônicos, no intuito de torná-los aplicáveis para dispositivos pessoais, já pensando em uma futura comercialização.
Isso porque o custo baixo da tecnologia, que pode ser miniaturizada para um único chip e custar apenas alguns centavos por dispositivo, sugere, de fato, um potencial de implantação rápida e acessível na sociedade.
Mas, como você pôde acompanhar com as informações desse texto, ainda não é agora que o Bluetooth deixa de existir.
Com informações de Hacksters.io, Sussex e The Debrief