O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou, nesta quarta-feira (11), quantas pessoas foram presas até o momento por conta das invasões e depredações registradas, no último domingo (08), nas sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o órgão, até agora, 1.418 suspeitos estão presos em flagrante por envolvimento nos ataques terroristas ocorridos em Brasília.
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Conforme o CNJ, desses presos, 222 foram detidos na Praça dos Três Poderes. O restante, isto é, 1.196, acabou sendo capturado no acampamento em frente ao Quartel General do Exército de Brasília. Em nota, o órgão relatou que outras 599 pessoas foram liberadas sem ao menos serem ouvidas, por “questões humanitárias”.
De acordo com o CNJ, dentre esses liberados estão, por exemplo, idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças. Já as pessoas que continuam presas, informou o órgão, foram ouvidos pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia Civil do Distrito Federal e ainda passaram por triagem do Instituto Médico Legal (IML).
Após os depoimentos e a passagem pelo IML, os suspeitos foram encaminhados às penitenciárias do Distrito Federal. Os homens, por exemplo, foram levados para o Complexo Penitenciário da Papuda. Já as mulheres foram encaminhadas para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida popularmente como Colmeia.
Todos esses presos foram detidos entre o domingo, dia do ataque, e segunda-feira (09), dia em que o Distrito Federal já estava sob intervenção federal, uma medida autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esses acusados estão sendo investigados por crimes como golpe de Estado, roubo, lesão corporal e outros.
O número revelado pelo CNJ é maior do que o apresentado no começo do dia pela Polícia Federal, que havia relatado que 1.159 pessoas teriam sido presas e direcionadas às penitenciárias locais, ao passo que 684 pessoas teriam sido soltas por questões humanitárias.
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