A França sempre figurou como um dos principais destinos turísticos do mundo. Muito desse status se deve à “Cidade Luz”, Paris, que possui alguns dos pontos mais visitados no planeta. No entanto, a pandemia da Covid-19 vem afundando o setor turístico da região numa crise sem precedentes.
De acordo com um levantamento realizado pelo Escritório de Turismo e Congressos de Paris, estima-se que a região parisiense tenha recebido entre 3,6 e 4,7 milhões de turistas. Embora esse valor seja bastante expressivo em números absolutos, não o é na comparação com o histórico de visitação da região. A saber, o local recebeu 10,2 milhões em 2019, ano de referência, visto que não havia crise sanitária à época.
“Não temos clientes que vêm de longe, então o impacto é importante”, afirmou o diretor da consultoria especializada Protourisme à AFP Didier Arino. A propósito, Paris “tem a menor taxa de ocupação (de hotéis) de todo o país”, disse Arino. “Os hotéis perderam 60% do volume de negócios e mais da metade das pernoites”, acrescentou.
4 em cada 10 guias pensam em desistir da profissão
Além disso, a diretora de uma das empresas de barcos turísticos, Marie Bozzonie, ressaltou que, atualmente, 40% dos guias pensam em desistir da profissão. Isso aconteceu justamente por causa da falta de turistas na região. A atividade de 600 a 700 guias credenciados em Paris caiu “mais de 80%”, destacou Aude Deboaisne, da Federação Nacional Francesa de Guias.
Vale destacar que a França havia abrandado as medidas restritivas com o avanço da vacinação contra a Covid-19. Contudo, a variante Delta, cepa mais transmissível do novo coronavírus, vem elevando os casos e mortes em todo o planeta há semanas. Diversos países já voltam a endurecer as medidas e começam a aplicar doses extras de imunizantes na população já vacinada.
Por fim, a torre de ferro, grande símbolo de Paris, vem registrando 13 mil visitantes por dia, número bem menor que os 25 mil em tempos normais. No local, os franceses, que representavam cerca de 20% dos visitantes, disparou para 50%. Isso mostra o forte tombo do número de turistas estrangeiros na região. Da mesma forma, no museu de cera de Paris, os visitantes estrangeiros caíram de 50% para 10% neste ano.
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