O número de trabalhadores informais no Brasil bateu recorde no segundo trimestre de 2022. A saber, o número de pessoas trabalhando na informalidade no país chegou a 39,3 milhões, maior número já registrado pela série histórica, iniciada em 2015.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, realizada pelo IBGE, houve um crescimento de 1,1 milhão de trabalhadores na informalidade em relação ao trimestre anterior. Veja abaixo quais trabalhadores se enquadram na como informais:
- Trabalhadores sem carteira assinada;
- Empregadores;
- Trabalhadores conta própria sem CNPJ;
- Trabalhadores familiares auxiliares.
Com o acréscimo do resultado trimestral, a taxa de informalidade no Brasil chegou a 40,0%. Isso quer dizer que quatro em cada dez trabalhadores do país são informais. Aliás, a população ocupada do país também bateu recorde no trimestre, totalizando 98,3 milhões, acréscimo de 3,0 milhões na base trimestral e de 8,9 milhões na anual.
“Nesse segundo trimestre, houve a retomada do crescimento do número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que havia caído no primeiro trimestre. Além disso, outras categorias principais da informalidade, que são os empregados sem carteira no setor privado e os trabalhadores domésticos sem carteira, continuaram aumentando”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.
Conta de luz continua SEM COBRANÇA EXTRA em agosto
Setor de serviços impulsiona informalidade no país
Segundo o IBGE, o setor de serviços impulsionou o número de trabalhadores informais do Brasil no segundo trimestre. Em resumo, isso aconteceu porque a pandemia da covid-19 provocou a perda de milhões de empregos, atingindo principalmente os serviços. E essas atividades vêm se recuperando nos últimos meses, ajudando na retomada do mercado de trabalho brasileiro.
“Podemos observar que parte importante dos serviços, como os serviços pessoais prestados às famílias, tem grande participação de trabalhadores informais e está influenciando essa reação da ocupação. Isso também tem ocorrido na construção, setor com parcela significativa de informais. Então, a informalidade tem um papel importante no crescimento da ocupação”, explicou Beringuy.
Por fim, o IBGE revelou que o número de desempregados no país caiu para 10,1 milhões no segundo trimestre. Embora os números estejam melhorando, o mercado de trabalho brasileiro ainda precisa se recuperar das perdas sofridas nos últimos anos.
Leia também: Combustíveis ficam mais baratos no país; confira os valores