O número de trabalhadores em home office no Brasil cresceu 76,3% em quatro anos. De acordo com um levantamento realizado pela LCA Consultores, havia 6,53 milhões de profissionais em home office no país no terceiro trimestre de 2022.
A saber, a quantidade de trabalhadores no modelo remoto era de 3,7 milhões no terceiro trimestre de 2018. Em suma, o número cresceu até o último trimestre de 2019, para 4,36 milhões.
Contudo, a chegada da pandemia da covid-19 provocou a perda de milhões de empregos no país, derrubando o número nos dois primeiros trimestre de 2020.
Passados estes primeiros meses da crise sanitária, a quantidade de profissionais em home office no país voltou a subir no terceiro trimestre de 2020, para 4,78 milhões. Em seguida, chegou à marca de 5,54 milhões no quarto trimestre.
Um ano depois, no quarto trimestre de 2021, o número de profissionais em home office bateu recorde, totalizando 6,59 milhões no país. Contudo, nos três primeiros meses deste ano, houve uma queda nesses números, para 6,04 milhões, mas a quantidade voltou a subir no trimestre seguinte, para 6,46 milhões.
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Trabalhadores em home office têm mais qualificação
Segundo Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, o número de trabalhadores em home office continua crescendo no país. Contudo, diferentemente dos anos anteriores, o cenário pós-pandemia impulsionou a quantidade de profissionais mais qualificados no modelo remoto.
“O pós-pandemia mudou o perfil das pessoas que trabalham remotamente. Está associado sobretudo a pessoas mais qualificadas e, consequentemente, melhor remuneradas, principalmente em atividades em que a presença física não é exigida, como em áreas de tecnologia, atividades financeiras, informação e comunicação”, explicou Imaizumi.
Vale destacar um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que indicou os grupos com maior concentração no modelo de trabalho remoto. Veja abaixo as taxas mais predominantes no home office:
- Trabalhadores do gênero feminino – 58,3%;
- Pessoas brancas – 60%;
- Trabalhadores com nível superior completo – 62,6%;
- Pessoas na faixa etária entre 20 e 49 anos – 71,8%.
Por fim, esse levantamento mostrou que as ocupações realizadas remotamente representavam 24,1% da força de trabalho do país. Contudo, elas eram responsáveis por 40,4% da massa de rendimentos total.
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