O Brasil registrou 29,6 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado no trimestre encerrado em abril deste ano. A saber, os dados excluem os trabalhadores domésticos, cujos números também foram pesquisados.
Em resumo, houve um forte decréscimo de 8,1% no trimestre móvel em relação ao mesmo período de 2020. Com o recuo, o país passou a registrar 2,6 milhões de pessoas a menos com um emprego formal. Vale destacar que a pandemia da Covid-19 impulsionou fortemente esse resultado. Já em relação ao trimestre móvel anterior, o nível continuou estável.
Da mesma forma, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada também caiu no setor privado. Contudo, a queda foi mais tímida, chegando a 3,7% ou 374 mil pessoas a menos nessa condição. Já em relação ao trimestre móvel anterior, houve estabilidade na quantidade de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada.
A propósito, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão divulgou as informações nesta quarta-feira (30).
Veja mais detalhes do levantamento do IBGE
Além destes dados, o IBGE também informou que o número de trabalhadores por conta própria no país subiu 2,3% no período, quando comparado ao trimestre móvel anterior. Isso representa um acréscimo de 537 mil pessoas nessa condição de trabalho. O número também avançou na comparação anual. Nesse caso, a alta foi de 2,8%, o que representa 661 mil pessoas a mais trabalhando por conta própria no Brasil.
Por outro lado, houve um forte tombo de 10,4% na categoria dos trabalhadores domésticos na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2020. Com isso, o país registrou 572 mil trabalhadores domésticos a menos no país, totalizando 5,0 milhões. A saber, a taxa manteve estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior.
Por fim, o IBGE reportou que a taxa de desemprego no Brasil se manteve em 14,7% no trimestre móvel. O nível representa um aumento de 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021 (14,2%) e de 2,1 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2020 (12,6%).
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