O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo deve aprovar ainda no segundo semestre de 2023 uma reforma tributária sobre a renda, visando desonerar os mais pobres e onerar quem hoje não paga imposto. A medida deverá fazer com que o número de pessoas que declaram Imposto de Renda aumente consideravelmente.
De acordo com Haddad, o objetivo é reequilibrar o sistema tributário brasileiro para melhorar a distribuição de renda no país. A declaração foi feita pelo ministro durante o painel “Brasil: um novo roteiro”, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O ministro está participando do evento junto com a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva.
Segundo o ministro, com a reforma tributária será possível fazer com que as pessoas que não pagam imposto e ganhem mais dinheiro passem a pagar pelo tributo. Dessa forma, com a medida, a partir de 2024 pessoas que recebem a partir de 1,5 salário mínimo mensal deverão pagar pelo imposto.
Segundo divulgado, a falta de atualização da tabela do Imposto de Renda causou o aumento da tributação de quem ganha menos. Ainda durante a campanha eleitoral, o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva indicou que subiria a isenção do tributo para R$ 5 mil ao mês, mas o governo anunciou que não pretende mudar a tabela neste ano.
A reforma tributária seria a única maneira de reduzir os impostos para os mais pobres, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Contudo, apesar de necessária para reorganizar a economia brasileira, a medida está gerando polêmica e causando preocupação na população.
De acordo com o ministro da Fazenda, a organização da economia do país demanda: corte de gastos; aumento na cobrança de tributos; mais acesso das pessoas de baixa renda ao crédito; redução no número de pessoas endividadas.
Governo trabalha para lançar projeto de renegociação de dívidas
De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre os fatores necessários para a reorganização da economia brasileira está a redução no número de pessoas endividadas no Brasil. Dessa forma, o governo está trabalhando para lançar um projeto de renegociação de dívidas e diminuir o número de pessoas negativadas no país.
O “Desenrola Brasil” tem como objetivo fazer com que pessoas com nome sujo possam se tornar novamente público consumidor, reduzindo o número de famílias endividadas no Brasil. O público alvo do programa são pessoas com renda de até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2,6 mil, e, conforme divulgado, cerca de 80 milhões de brasileiros serão beneficiados pelo programa.