Números revelados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a proporção de brasileiros vivendo em condições de vulnerabilidade ligadas à pobreza caiu pela metade em uma década.
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De acordo com o instituto, no biênio de 2008 e 2009, por exemplo, 44,2% da população vivia com restrições graves de acesso a serviços e estruturas básicas de moradia, educação ou transporte, entre outros. Já em 2017 e 2018, essa proporção havia caído para 22,3%.
Segundo o IBGE, esses dados fazem parte dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida, que são medidas recém-criadas pelo instituto com foco em avaliar as condições de pobreza da população não ligadas à renda, e por isso “não monetários”.
Conforme o órgão, chegou-se à conclusão de que, apesar de ser uma sinalização importante, só o nível de renda não é o suficiente para mensurar as condições reais e mais estruturais de vida das pessoas. Nesse sentido, o IBGE explica que, por um determinado período, por exemplo, os ganhos de uma família podem ficar maiores, mas as restrições sociais e más condições em que eles vivem podem não passar por mudanças estruturais significativas por conta disso.
Com isso, para poder chegar ao total de pessoas com algum grau de vulnerabilidade e de pobreza sob essa ótica multidimensional, o IBGE avaliou cerca de 50 indicadores sociais divididos em grandes dimensões: moradia, saúde e alimentação, educação, serviços financeiros e padrão de vida, transporte e lazer.
De acordo com o órgão, todos esses dados já são levantados pelo próprio IBGE na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que é feita uma vez por década pelo instituto, averiguando detalhes sobre a renda e consumo dos domicílios e famílias do Brasil.
Nesse sentido, revelou órgão, foram cruzados os dados da POF referente ao período de 2008 e 2009 com a de 2017 e 2018. No documento publicado nesta sexta, Leonardo de Oliveira, pesquisador do IBGE, relata que “diferentes aspectos são observados quando estamos falando de privações da qualidade de vida”. “Por exemplo, observa-se se uma família tem um banheiro exclusivo. Se ela não tem, isso é contabilizado”, detalha ele.
Ainda conforme o pesquisador, no levantamento, constatou-se que existe pouco espaço no domicílio, se existe violência na área onde se vive. “Uma pessoa pode estar privada na educação e na saúde, outra pessoa pode estar privada na educação, na saúde e na moradia de forma muito intensa. Para ela ser considerada multidimensionalmente pobre, ela precisa estar privada em diferentes dimensões. E é isso que o índice irá representar”, disse.
Segundo os dados, no Norte e no Nordeste do país, em 2008-2009, as parcelas da população na pobreza eram 73,3% e 69,2%, respectivamente. Por outro lado, em 2017-2018, a proporção das pessoas com algum grau de pobreza caiu para 43,8% na região Norte e para 38,2% no Nordeste, diminuindo, desta forma, a distância para a média do Brasil e para as demais regiões.
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