O Nubank anunciou que teve um lucro líquido de US$ 224,9 milhões no segundo trimestre de 2023, o que acabou por reverter o prejuízo de US$ 29,9 milhões no mesmo período do ano passado, considerando o resultado da holding, que inclui também as operações no México e Colômbia.
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Em nota, a empresa revelou que o lucro ajustado da instituição financeira somou US$ 262,7 milhões, um valor bem acima do resultado ajustado de US$ 17 milhões de um ano antes – o retorno do banco digital (ROE, em inglês) foi de 19% no segundo trimestre.
Durante entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” nesta quarta-feira (16), David Vélez, fundador e presidente do Nubank, afirmou que “o segundo trimestre teve um sucesso operacional significativo”.
Ainda conforme ele, esse resultado do Nubank foi impulsionado pelo aumento dos clientes e também pelas pessoas usando mais produtos do banco digital. Conforme os dados, somente entre abril e junho, a instituição financeira conseguiu adicionar 4,6 milhões de clientes em sua base.
No final de julho, isto é, após o segundo trimestre, a fintech ultrapassou a marca de 85 milhões de clientes globalmente e 80 milhões no Brasil. De acordo com o fundador do banco, são 1,5 milhão de novos clientes a cada mês, em média.
Por conta desses novos clientes e novos produtos, o Nubank conseguiu registrar receitas de US$ 1,9 bilhão no segundo trimestre, um novo recorde histórico, o que representa um aumento de 60% em relação ao segundo trimestre de 2022, em base neutra de câmbio.
O relatório divulgado pela empresa informa que a receita média mensal por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês), indicador monitorado de perto em bancos digitais, atingiu US$ 9,30, superando pela primeira vez a marca de US$ 9,00 e também acima da previsão dos analistas – o crescimento foi de 18% em 12 meses.
Ainda segundo a empresa, em grupos mais maduros dentro do Nubank, o indicador já está em US$ 24 e nas safras dos clientes com três produtos está em US$ 35. Todavia, de acordo com Guilherme Lago, diretor financeiro do Nubank, também em entrevista ao jornal citado, esse número em grandes bancos supera US$ 40, o que evidencia o potencial de crescimento do ARPAC.
Além disso, o executivo também relata que o custo médio por cliente ficou estável novamente, em US$ 0,80, enquanto o índice de eficiência da fintech, que reflete a alavancagem operacional, atingiu 35,4%, um dos melhores números da América Latina. A margem bruta aumentou em 42%.
Com a operação no Brasil mais madura, informou o executivo, o foco agora será o ROE da holding e não da operação brasileira. “É o jeito certo de olhar nossa operação”, disse ele, explicando ainda que as operações no México e Colômbia ainda precisam de muito investimento para chegar a patamares altos como os registrados no Brasil.
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