Agora é possível realizar o planejamento financeiro para financiar a educação dos filhos durante vários anos através da compra de títulos públicos. O Tesouro Educa+ é um novo título do Tesouro Direto que começou a ser vendido nesta terça-feira (1º). O lançamento ocorreu em uma cerimônia na B3, a bolsa de valores brasileira, com a presença do Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
Esse instrumento financeiro possibilita que o comprador garanta uma renda complementar para custear os estudos. O título não está disponível apenas para pais que desejam financiar a educação de seus filhos. Ele também pode ser adquirido por pessoas de qualquer idade que tenham planos de realizar cursos no médio prazo, como especializações, mestrados e doutorados.
Os títulos do Educa+ podem ser adquiridos a partir de R$ 30. Assim, o valor investido será devolvido ao investidor em 60 prestações mensais. Isso é equivalente ao tempo de duração da maioria dos cursos superiores. Dessa forma, o montante será corrigido pela inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acrescido de uma taxa de juros real (acima da inflação).
O investidor terá a opção de escolher os títulos disponíveis de acordo com o ano de vencimento. Inicialmente, serão oferecidos 16 títulos, com as devoluções começando em 2026 e indo até 2041. Entretanto, por serem corrigidos pelo IPCA, os títulos proporcionam proteção contra a inflação. Assim, essa iniciativa visa auxiliar os investidores a planejar e viabilizar a educação de qualidade para si e seus filhos.
Resgate dos títulos do Tesouro Direto
O Tesouro Educa+ apresenta algumas características importantes para os compradores que desejam investir nesse título. Aqueles que pretendem vender os títulos precisarão esperar um prazo de 60 dias antes de efetuar a venda. Contudo, é fundamental estar atento. Isso pois os papéis terão preços de mercado. Assim, vender antes do vencimento pode resultar em perda financeira.
Uma vantagem do Tesouro Educa+ é que os investidores que comprarem e mantiverem os papéis até a data de vencimento serão isentos da taxa de custódia da B3 (0,1% a cada semestre). Isso desde que estejam dentro do limite de até quatro salários mínimos de renda mensal.
Caso haja resgate antecipado dos títulos antes de sete anos, será aplicada uma taxa de 0,5% ao ano sobre o valor resgatado. Assim, entre 7 e 14 anos de carregamento do papel, a taxa cobrada será de 0,20% ao ano. Então, acima de 14 anos, a taxa será de 0,1% ao ano. Além disso, vale ressaltar que o vencimento do título ocorrerá somente após o término das 60 parcelas mensais de pagamentos.
O Tesouro Educa+ foi inspirado em estudos dos professores Robert Merton, Prêmio Nobel de Economia em 1997, e Arun Muralidhar. Eles introduziram o conceito de produtos financeiros acessíveis a qualquer pessoa. Com o objetivo para facilitar a poupança e o planejamento educacional.
Assim, a ideia dos economistas é que cada investidor escolha a quantidade de ativos que deseja comprar, com taxas de retorno competitivas, baixo custo e baixo risco. Muralidhar acompanhou o lançamento do título público na B3, demonstrando o interesse e relevância dessa iniciativa para o cenário educacional e financeiro.
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Como o Tesouro Educa+ funciona
O lançamento do Educa+ marca a segunda fase de papéis específicos destinados a investimentos dentro do Programa Tesouro Direto. Em janeiro, o governo lançou o Tesouro Renda+, que possibilita o financiamento da aposentadoria complementar. Assim, em um período de pouco mais de seis meses, esse título atraiu 52 mil investidores, acumulando um volume aplicado de mais de R$ 1 bilhão.
Em abril, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, anunciou a intenção de lançar, no segundo semestre, um papel voltado à educação. Na ocasião, Ceron também informou que o Tesouro tem o propósito de permitir que os títulos do Tesouro Direto sejam utilizados como garantia em aluguéis e financiamentos. Essa medida visa ampliar as opções e a acessibilidade dos investidores ao Programa Tesouro Direto, oferecendo soluções financeiras mais abrangentes e adequadas a diferentes objetivos de investimento.
Sobre o Tesouro Direto
O Tesouro Direto foi instituído em janeiro de 2002 com o objetivo de tornar mais acessível esse tipo de investimento, permitindo que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional pela internet, sem a necessidade de intermediários financeiros.
A venda de títulos é uma das maneiras que o governo utiliza para captar recursos e honrar suas obrigações de pagamento. Em contrapartida, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor investido acrescido de um adicional, que pode variar conforme a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa previamente definida nos títulos pré-fixados.
Para obter mais informações sobre o Tesouro Educa+ e outros tipos de títulos públicos, os interessados podem acessar o site do Tesouro Direto ou entrar em contato com uma corretora de valores. Essas opções proporcionam maior transparência e facilitam o acesso dos investidores a diferentes alternativas de investimento em títulos públicos, contribuindo para a diversificação de suas carteiras e objetivos financeiros.
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Tesouro direto é uma opção de investimento segura?
Tesouro Direto é considerado uma opção de investimento segura. Os títulos públicos oferecidos pelo Tesouro Nacional são considerados de baixo risco, pois são garantidos pelo governo federal, o que torna o risco de inadimplência praticamente nulo. O governo tem a obrigação de honrar os pagamentos dos títulos, o que proporciona maior segurança ao investidor.
Além disso, os títulos públicos têm liquidez diária, o que significa que o investidor pode resgatar o valor investido a qualquer momento, tornando essa modalidade de investimento bastante flexível.
Os títulos do Tesouro Direto também oferecem uma variedade de opções, com diferentes prazos de vencimento e modalidades, como Tesouro Selic (LFT), Tesouro Prefixado (LTN) e Tesouro IPCA+ (NTN-B e NTN-B Principal), permitindo que o investidor escolha aquele que melhor se adequa aos seus objetivos financeiros.
No entanto, é importante lembrar que nenhum investimento está totalmente livre de riscos, e os retornos dos títulos públicos podem variar de acordo com as condições do mercado. Como em qualquer investimento, é recomendado que o investidor avalie seu perfil, metas e horizonte de investimento antes de decidir aplicar seus recursos. Caso tenha dúvidas ou precise de auxílio, é aconselhável buscar a orientação de um profissional de investimentos ou assessor financeiro.
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