Nos últimos dias, a crescente onda de ataques em escolas têm deixado alunos, professores e familiares assustados, exigindo cada vez mais a atenção das autoridades para adotar medidas de combate à violência no ambiente escolar.
No dia 27 de março, a professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu após ser esfaqueada por um aluno de 13 anos que promoveu um ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona sul da capital paulista. Além da professora, outros três professores e dois estudantes também ficaram feridos. Um outro caso chocante, ocorreu no último dia 05 de abril, em uma creche de Blumenau (SC), onde um homem de 25 anos tirou a vida de quatro crianças.
Contudo, novas ameaças de ataques têm surgido e deixado a população em alerta. Continue a leitura para saber os últimos relatos.
Novos ataques em escolas pelo Brasil
Nesta segunda-feira (10), novos casos de ataques em escolas pelo Brasil, vieram à tona. Em Reginópolis (SP), um estudante de 13 anos, levou uma faca na mochila e feriu, superficialmente, um colega na Escola Estadual Professor Carlos Correa Vianna. O aluno ainda fez ameaças a uma vice-diretora. A Polícia Militar logo foi chamada e o aluno foi encaminhado à delegacia de polícia, onde o Boletim de Ocorrência foi registrado.
Já no município de Ilhéus (BA), familiares de alunos do Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun, se assustaram na noite do último sábado (08), após circular nas redes sociais mensagens escritas em um perfil anônimo no Instagram, sobre um possível massacre marcado para hoje. De acordo com o diretor da instituição, Julierme Couto, a Polícia Militar, através da 68ª CIPM, foi acionada, e esteve de prontidão na escola, para garantir a segurança dos alunos e profissionais.
Também na Bahia, um suspeito foi detido nesta segunda (10) em Vitória da Conquista (BA), acusado de espalhar boatos de ataque em escolas da cidade. A Polícia Civil informou que as investigações seguem em curso e continuam com o monitoração das redes sociais.
No Rio de Janeiro (RJ), as polícias também investigam ameaças de ataques à escolas fluminenses que, recentemente, têm circulado nas redes sociais e em aplicativos de troca de mensagens. Na manhã desta segunda (10), equipes da Patrulha Escolar e de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estiveram posicionadas em instituições de ensino dos bairros da Tijuca, Leme, Marechal Hermes, Campo Grande, Grajaú, Vila Isabel e Lins de Vasconcelos, na capital fluminense, além de escolas dos municípios de Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu, no interior do Rio.
Equipes da Patrulha Escolar do #6BPM atuam, nesta manhã, no entorno de unidades de ensino da Tijuca, Zona Norte da cidade do Rio.
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Ministério da Justiça pede exclusão de mais de 400 contas do Twitter
No fim de semana, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) solicitou a exclusão de mais de 400 contas do Twitter que veiculavam hashtags relacionadas a ataques contra escolas de todo o país.
De acordo com o ministério, os conteúdo e autores das publicações estão sob investigação. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, onde um suspeito foi preso.
Vale destacar que o MJSP, em parceria com SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo.
Imprensa adota novas medidas para noticiar os ataques
Os veículos de imprensa, tais como a CNN, Band e Grupo Globo, anunciaram mudanças na forma de noticiar ataques em escolas, e decidiram não divulgar nomes, fotos e vídeos dos acusados. Assim, essas medidas seguem recomendações de especialistas e de instituições, com o objetivo de evitar o chamado “efeito contágio”, no qual estimularia outros atentados.
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