Desde o dia 1° de janeiro, última sexta-feira, o novo salário mínimo nacional está no valor de R$ 1.100. O reajuste salarial foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no último dia do ano de 2020.
No primeiro momento, a equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro encaminhou uma proposta de R$ 1.088, conforme divulgado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que em seguida foi corrigido pelos atuais R$ 1.100.
Mesmo com R$ 12 a mais, o trabalhador brasileiro continuará com o mesmo poder de compra, sem ganho real, uma vez que essa reposição corrige apenas as perdas causadas pela inflação.
Reajuste
De acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo é referência para cerca de 49 milhões de brasileiros. O reajuste foi realizado usando como base a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou em 5,22% até o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central.
É válido destacar que com o aumento do salário, também há um maior gasto com previdência, visto que os valores atualizados também são repassados aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O secretário Adolfo Sashcida (Política Econômica) garantiu que a revisão é segura “Estamos bem embasados nisso, no respeito ao teto. Todas as regras fiscais serão respeitadas”. Isso porque a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo, ocasiona-se a despesa de R$ 531,1 milhões para os cofres públicos.
Gastos do governo
Em entrevista para o portal de notícias G1, o Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, comentou esse aumento. De acordo com ele a cada R$1 de aumento o Governo gasta mais R$351 milhões no Orçamento final.
Com esse aumento de R$1088 para R$1100, o Governo deve gastar portanto algo em torno de R$4 bilhões a mais. Seja como for, Rodrigues garantiu que esse aumento não deve ultrapassar o teto de gastos do país e disse que a equipe econômica está tranquila quanto a isso.
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