Nesta segunda-feira (8), o presidente da República disse que o novo reajuste de combustíveis provocado pela Petrobras deve provocar uma “chiadeira com razão”. Apesar disso, o mesmo não possui influência sobre os valores cobrados. Jair Bolsonaro informou que deve se reunir novamente para discutir sobre a possível redução do PIS / Cofins no preço final do diesel.
“Vai ser uma chiadeira com razão? Vai. Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não”, disse o presidente para seus apoiadores no Palácio da Alvorada. Hoje (8), a Petrobrás divulgou um novo aumento e que deve entrar em vigor nesta terça-feira (9).
Dória, governador de São Paulo, já afirmou que essa variação ocorre porque os estados possuem inúmeras formas para recolher tributos fiscais. Segundo ele, o ICMS não deve ser fixo e a responsabilidade é federal: “Não é cabível que o presidente queira vulnerabilizar o equilíbrio fiscal dos estados, transferindo a responsabilidade para os estados, pela eliminação ou redução do ICMS do combustível“.
Altos valores de salário para presidentes das estatais
O Diário do Poder afirmou que o diretor da Petrobras recebe cerca de R$ 3 milhões anualmente. Vale ressaltar que o valor pode ser ainda maior em caso de lucros, chegando a cerca de R$ 3,5 milhões. Anualmente, recebem mais que o presidente da República (R$371 mil). Ao analisar os gastos de saúde com esses servidores, ultrapassa os R$14,1 bilhões.
Semana passada o governo apresentou uma lista com os 35 principais projetos para o ano de 2021. Nela, podia-se encontrar a privatização da Eletrobrás em que o salário chega a ser de R$ 71.154 mensais, quase R$ 900 mil anuais.
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Insatisfação da população com o novo reajuste de combustíveis
No ano de 2020, a Petrobras realizou mais de 32 ajustes no valor final dos combustíveis. Somente nestes dois primeiros meses de 2021, chegou a ter mais de 03 aumentos. Consequentemente, não demorou para que os setores que trabalhassem com eles manifestassem insatisfações. No primeiro caso foram os caminhoneiros que iniciaram greves na semana passada, a partir da segunda-feira (1).
Apesar de especialistas afirmarem que haveria aderência de 70% dos trabalhadores, o ocorrido foi quase imperceptível devido às regras assinadas por juízes que proibiam as paradas em grandes rodovias. Segundo o jornalista Aécio da Silva, já na quarta-feira (3), todas as entidades que ainda apoiavam a greve retiraram os processos e voltaram a trabalhar normalmente.
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