O Palácio do Planalto informou nesta quarta-feira (09) a senadores que a projeção é que sejam investidos R$ 1 trilhão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com as informações, esse investimento previsto será distribuído ao longo de quatro anos.
Pesquisa mostra que o Brasil precisa de R$ 900 bilhões para cumprir meta de saneamento
Esses investimentos, que foram explicados durante uma reunião para apresentar o novo PAC aos congressistas, foram revelados pelos senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Otto Alencar (PSD-BA) durante entrevista coletiva concedida após a conversa com os parlamentares.
Segundo os senadores, esse valor, além de incluir verba pública, também inclui recursos vindos da iniciativa privada. Isso, por meio de parcerias e também concessões que serão feitas. “R$ 1 trilhão ao longo de 4 anos, envolvendo recursos com características de PAC de outros órgãos e da iniciativa privada por meio de parcerias público-privadas e concessões”, disse Cid Gomes enquanto conversava com os jornalistas.
Ainda durante a entrevista, os senadores relataram que explicaram aos parlamentares que o governo federal confirmou a estimativa de R$ 240 bilhões em obras bancadas em quatro anos com recursos do Orçamento da União. Além disso, os parlamentares também explicaram que, durante a reunião, citaram aos colegas parlamentares sobre os investimentos que serão feitos na Petrobras nos próximos quatro anos.
De acordo com Cid Gomes, são previstos R$ 600 bilhões em investimentos na estatal de petróleo. Deste número, informou ele, metade, isto é, R$ 300 milhões, tem característica de PAC, “Dos R$ 600 bilhões previstos da Petrobras, R$ 300 bilhões têm características de PAC”, declarou ele, salientando, todavia, que não houve detalhamento sobre quantas obras seriam feitas ou outros aspectos do programa – conforme o senador, o detalhamento será feito na sexta-feira (11), quando acontecerá o anúncio oficial do programa.
Apesar dos poucos detalhes, Otto Alencar relatou que o programa “começa pelas obras inacabadas”. “Serão prioridades”, desse ele, completando que, na sequência, virão os pedidos de governadores e, em seguida, as prioridades dos ministérios.
Durante a entrevista, os senadores foram questionados sobre a nova regra fiscal, cujo texto final influenciará na disponibilidade de recursos do governo federal para investimento. Na oportunidade, Otto Alencar respondeu: “O ministro Padilha acha que vai ter uma solução logo para aprovar”.
Além dos senadores, os dois parlamentares também devem conversar nesta quarta com os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil). Hoje, Alexandre Padilha atua como o articulador político do governo, e Costa, o responsável pelo novo PAC.
Leia também: Governo espera renegociar mais de R$ 650 milhões em dívidas do setor cultural