O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que os preços dos combustíveis vão cair no país. De acordo com o chefe do Executivo, a queda dos valores será possível devido à política adotada em seu governo e com a nova diretoria da Petrobras.
Lula indicou o senador Jean Paul Prates (PT-RN) para comandar a estatal e reclamou de medidas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-presidente do Brasil).
“Eu dizia que, para reduzir o preço de gasolina, do petróleo, do óleo e do gás, a gente não precisava mexer com o ICMS, poderia mexer com outras coisas. Bastava que a mesma mão que assinou o aumento assinasse a diminuição do aumento”, afirmou o atual presidente, contrário à política de paridade de preços internacionais adotada hoje pela Petrobras.
De acordo com Luiz Inácio, a queda do preço dos combustíveis vai acontecer a partir do momento que a nova diretoria da estatal seja montada pelo seu governo. “Ainda leva um tempo, porque tem toda uma legislação que rege as estatais e vamos então fazer”, acrescentou.
Lula prorroga desoneração de combustíveis
Com o início do novo governo, após a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o mercado está atento para as mudanças nos preços dos combustíveis. Isso, pois as medidas de isenção de tributos adotadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro venceriam no sábado (31) e havia sido divulgado que o atual governo não pretendia prorrogar a isenção.
Com tudo, o senador Jean Paul Prates, anunciado como o futuro presidente da Petrobras, afirmou que haverá uma trégua na cobrança dos impostos sobre os combustíveis. Já neste domingo (1º), Lula decidiu prorrogar a isenção de tributos federais sobre os combustíveis e assinou uma Medida Provisória (MP) que renovou a renúncia fiscal sobre a gasolina por dois meses.
Com relação ao diesel e ao gás de cozinha, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que a desoneração será por tempo indeterminado. O preço da gasolina poderia subir R$ 0,69; o do diesel, R$ 0,33; e o do etanol, R$ 0,26, com o fim da desoneração federal.
A expectativa do governo é que Jean Paul Prates promova uma redução dos preços praticados pela estatal nas refinarias, que compense em parte o efeito do fim da desoneração dos impostos federais. Um dos problemas é que pode demorar mais de 30 dias para que Prates assuma o cargo.