O Governo admitiu pela primeira vez que pode prorrogar o Auxílio Emergencial. Mas se a ideia for mesmo para frente, então não seria o mesmo Auxílio de antes. Informações de bastidores dão conta de que o novo valor seria de R$200.
Isso seria portanto menos do que o Auxílio Emergencial Residual do final de 2020, de R$300. E bem menos do que o Auxílio inicial de R$600. Na prática, ele quase não muda o cenário dos programas sociais atuais neste momento.
É que a média atual de pagamentos mensais do Bolsa Família é de R$190. Assim, uma pessoa que recebe R$190 acabaria recebendo R$10. Em muitos lugares, esses R$10 não dá para comprar dois quilos de feijão.
Para se ter uma ideia, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontou que as cestas básicas estão mais caras do que isso. Em Aracaju, onde temos a cesta mais barata dentre todas as 17 da pesquisa, uma cesta básica custa R$453,16 em média.
Em São Paulo, a situação é ainda pior para esses trabalhadores. Por lá, a média de um valor da cesta básica ultrapassa os R$600. Então, em tese, uma pessoa teria que ganhar três auxílios do Governo por mês para conseguir comprar.
Auxílio x Bolsa Família
A ideia do Governo Federal é que todo mundo que já receba o Bolsa Família passe a ganhar o benefício novo. Quem recebe mais do que R$200 no Bolsa Família, não precisa se preocupar. Isso porque seguirá valendo o valor mais alto.
Além das pessoas que recebem o Bolsa Família, o programa novo também atenderia pessoas que estão na fila do próprio Bolsa Família. Não se sabe ao certo quantas pessoas estão nessa situação. Mas seria algo em torno de 1,4 milhão de pessoas em todo o país.