Novo auxílio à vista? Que história é essa de “Vale Carne”? Fique por aqui, pois iremos te atualizar.
A saber, de acordo com informações de bastidores, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia a possibilidade de criar um voucher que permita às famílias mais pobres a compra de carne bovina.
De onde surgiu a ideia do “Vale Carne”?
Segundo reportagem publicada pelo jornal Estadão, a proposta teria sido apresentada por um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT).
Aliás, o programa já teria até um nome provisório: “Carne no Prato”.
Cabe mencionar que o projeto foi encaminhado pelo ministro para análise da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).
Entre os pecuaristas defensores do projeto, está Guilherme Bumlai, filho do empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula e condenado no âmbito da Operação Lava Jato (por obter e quitar de forma fraudulenta empréstimo no Banco Schahin e envolvimento em solicitação de vantagem indevida vinculada a um contrato da Petrobras com o Grupo Schain).
Beneficiários
Futuramente, caso o apelidado “Vale Carne” saia do papel, o benefício pode alcançar até 19,5 milhões de pessoas, criando a demanda por mais 2,3 milhões de cabeças de gado ao ano.
De acordo com Bumlai, o valor do voucher seria de R$ 35, o suficiente para que as famílias comprassem pelo menos 2 quilos de carne por mês, na conta dos pecuaristas.
Em resumo, o programa abrangeria apenas as famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), como as que recebem o Bolsa Família.
Ainda mais, os vouchers seriam utilizados exclusivamente para a compra de carne bovina em supermercados e açougues conveniados.
“Nós recebemos essa proposta de produtores rurais, pecuaristas do Mato Grosso do Sul. Eles achavam que esse tema da carne pudesse ganhar o status de um benefício para dar condição de acesso aos beneficiários do Bolsa Família e promover o acesso dos beneficiários do Bolsa Família à carne”, afirmou o ministro Paulo Teixeira ao jornal.
“Eu acho que tem que passar pelo Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida de segurança alimentar e nutricional. Tem que passar pelo crivo da Casa Civil. Para se tornar uma política pública, requer uma peneira, uma avaliação”, explicou.
Orçamento necessário para o “Vale Carne”
Segundo as informações do MDS, o Bolsa Família contemplou em janeiro deste ano, cerca de 21 milhões de lares no país.
Desse modo, se cada uma dessas famílias recebesse mais um montante R$ 35 referente ao “Vale Carne”, o custo do programa aos cofres públicos seria de R$ 8,8 bilhões adicionais por ano.
Por esse motivo, até então, a iniciativa não conta com o aval do Ministério da Casa Civil e do próprio Ministério da Fazenda, que tende a oferecer resistência, em razão do alto impacto fiscal, no momento em que a pasta busca formas de equilibrar as contas públicas e cumprir a meta de zerar o déficit em 2024.