Preste atenção neste termo: Bônus de Inclusão Produtiva (BIP). Esse vai ser muito provavelmente o nome do novo Auxílio Emergencial do Governo Federal. Pelo menos é isso o que dizem as informações de bastidores do Palácio do Planalto.
A mudança no nome do programa tem um motivo óbvio. Acontece que o Governo não quer anexar esse programa ao Auxílio Emergencial do ano passado. Isso ajudaria portanto a evitar comparações entre os dois projetos.
E por que o Governo não quer fazer uma comparação? É porque nós estamos falando de dois programas completamente diferentes. O BIP vai atender bem menos gente, vai pagar bem menos dinheiro e durar uma quantidade de tempo bem menor.
De acordo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia inicial é pagar três parcelas de R$200. Cerca de 32 milhões de informais receberiam esses valores. O Auxílio Emergencial de 2020 acabou caindo nas mãos de mais de 64 milhões de pessoas.
Bolsonaro e o Auxílio
Nesta quarta-feira (10), o Presidente Jair Bolsonaro se encontrou com alguns prefeitos em uma reunião no Ministério da Educação. Ele falou sobre o Auxílio Emergencial e confirmou que existem conversas sobre o retorno no projeto.
Seja como for, ele disse que o Governo não teria como pagar tudo isso. “(Para o) auxílio emergencial, que volta a ser discutido eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar”, disse ele.
“Nos preocupamos com os mais idosos, os que têm comorbidades, mas a roda da vida tem que continuar. Eu recebo críticas por isso”, disse o Presidente. O jornal Folha de São Paulo divulgou o conteúdo da reunião.