Mais um dia se passou e o brasileiro segue sem saber os detalhes do Renda Cidadã. É o programa que deve substituir o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial a partir de 2021. O relator do projeto, o senador Márcio Bittar, disse que novidades só a partir da próxima semana.
Essa notícia causou um alvoroço nas redes sociais. Aparentemente, a maioria criticou o novo adiamento. Mas alguns internautas também defenderam o governo. Ou seja, foi mais uma batalha de narrativas durante toda esta terça-feira (6).
“É um absurdo toda essa confusão para apresentar um novo programa. São mais de 33 milhões de pessoas que precisam de uma resposta e o Governo simplesmente não as tem”, disse uma internauta. “É um Governo de trapalhões”, completou.
“Onde estavam essas pessoas nos anos dos governos do PT? Esses pobres também estavam sem nenhuma renda na época. Mas as críticas só servem para atacar o presidente”, disse outro internauta. “São hipócritas”, completou.
A batalha de narrativas contou até com as contribuições de políticos importantes da direita e da esquerda da política nacional. Foram os casos de Guilherme Boulos, Marcelo Freixo, Carla Zambelli e o próprio Márcio Bittar.
Adiamento no Renda Cidadã
De acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao menos 33 milhões de pessoas vão ficar sem nenhum tipo de renda a partir de janeiro de 2021. Isso vai acontecer porque o Auxílio Emergencial só vai até o final deste ano.
Inicialmente o governo do presidente Jair Bolsonaro trabalhou na possibilidade da criação do Renda Brasil. Mas esse plano não deu certo e nem chegou a virar uma proposta oficial. Logo depois, o presidente afirmou que o Bolsa Família seguiria até 2022. Mas parece que ele também mudou de ideia sobre isso.