Em maio, os trabalhadores terão uma nova oferta: o salário mínimo será ajustado para R$ 1.320 a partir do dia 1º, o Dia do Trabalhador. Este é o segundo piso nacional em vigor em 2023.
Saiba as últimas novidades sobre esse aumento do salário mínimo.
Novo reajuste do salário mínimo
O presidente Lula prometeu um novo salário mínimo antes de vencer as eleições presidenciais de 2022. Desse modo, em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional aprovou a quantia, mas não foi implementada imediatamente devido ao aumento nos gastos públicos.
Contudo, a proposta do ex-presidente Bolsonaro prevaleceu e os trabalhadores brasileiros estão recebendo um salário mínimo de R$ 1.302 até o dia 30 de abril.
Assim, com a oferta desse valor, o ex-presidente visava apenas compensar a inflação, sem dar um aumento real para o trabalhador.
Por outro lado, Lula pretende garantir um aumento real no poder de compra dos trabalhadores brasileiros com o novo reajuste do salário mínimo. Isso envolve a inclusão da taxa inflacionária e do aumento médio do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos cinco anos.
Veja também: Governo vai ampliar reforço com vacina bivalente contra a Covid-19 para todos acima de 18 anos
Servidores também pedem aumento do piso nacional
No início deste mês, as centrais sindicais apresentaram ao governo federal uma proposta de reajuste no salário mínimo, propondo um ajuste anual de 2,4%.
Além disso, os sindicalistas querem um reajuste que considere as perdas inflacionárias e as variações do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos.
Assim, ao final, a proposta prevê um aumento médio de 4,2% no salário mínimo entre 2024 e 2026.
Valorização do salário mínimo
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a política de valorização do salário mínimo será conforme as regras fiscais apresentadas pela equipe econômica do Governo Lula.
Enquanto isso, as centrais sindicais alegam que solicitaram o aumento salarial para recuperar as perdas desde 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro começou a considerar apenas o reajuste inflacionário.
Ademais, a proposta para valorização do salário mínimo tem como principal indexador o PIB. Veja mais detalhes:
- 2024: Somatório do INPC acumulado no ano anterior, PIB de 2022 (2,9%) e 2,40%;
- 2025: Somatório do INPC acumulado no ano anterior, projeção de PIB de 2023 (1,2%) e 2,40%;
- 2026: Somatório do INPC acumulado no ano anterior, projeções de PIB de 2024 (1,5%) e 2,40%.
Assim, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) estima que com esses critérios haverá um aumento médio real de 4,2% ao ano no salário mínimo entre 2024 e 2026. As projeções do PIB utilizadas são do Boletim Focus do Banco Central.
Governo quer aumento real do piso
O aumento real do salário mínimo é quando o aumento supera a inflação, garantindo um aumento no poder de compra e não apenas mantendo o valor do piso nacional.
Dessa forma, o aumento no salário mínimo pode melhorar a vida dos trabalhadores de baixa renda e ajudar na redução da pobreza e desigualdade social.
Confira os valores do piso nacional nos últimos anos:
Ano | Valor do salário mínimo (em reais) |
---|---|
2023 | R$ 1.302/R$1.320 |
2022 | R$ 1.212 |
2021 | R$ 1.100 |
2020 | R$ 1.045 |
2019 | R$ 989 |
2018 | R$ 954 |
2017 | R$ 937 |
Veja também: Governo anuncia DEZ novas medidas para economia
Como é calculado o valor do salário mínimo?
O reajuste que ocorre anualmente é uma prática importante, que ocorre sempre no primeiro dia de cada ano.
Dessa maneira, essa prática tem o objetivo de garantir a manutenção do poder de compra e a sobrevivência financeira dos trabalhadores brasileiros.
Contudo, nos últimos anos, o método de cálculo do piso nacional sofreu alterações. Até 2019, dois elementos eram considerados: o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Porém, desde 2020, a inflação passou a ser incluída nas estatísticas de crescimento econômico. Agora, o presidente Lula está insatisfeito com o modelo atual e deve haver mudanças na fórmula.
Veja também: Governo quer TIRAR mais pessoas do BOLSA FAMÍLIA; veja em quais condições