Você sabia que mais de 36 milhões de brasileiros recebem o salário mínimo? Isso significa que qualquer alteração no valor mínimo afeta um grande número de pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.
A boa notícia é que o Governo Federal acaba de sinalizar um aumento significativo nesse salário. Os detalhes foram divulgados em um documento importante que oferece uma visão do que podemos esperar para a economia brasileira nos próximos dias. Fique atento!
Novo salário mínimo no Orçamento de 2024
Primeiro, é essencial lembrar que o governo está atualmente organizando as finanças para o próximo ano. Na quinta-feira passada, dia 31, o Governo Federal enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei orçamentária para 2024.
O texto prevê um equilíbrio entre despesas e receitas do governo, conhecido como “déficit zero”, como informado pelo site oficial do Senado Federal. Este projeto foi assinado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e encaminhado ao Legislativo.
Qual é o salário mínimo previsto no novo Orçamento?
De acordo com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o valor do salário mínimo para 2024 será de R$ 1.421, conforme especificado no texto enviado ao Congresso Nacional. Isso representa um aumento de R$ 101 em relação ao valor atual de R$ 1.320.
É importante destacar que essa proposta busca assegurar um aumento constante no salário mínimo, uma política já aprovada pelo Congresso. De acordo com a lei, esse aumento deve ser calculado considerando a inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somada ao crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Se o PIB não crescer, apenas a inflação será considerada.
Aumento de R$ 1.421 do salário mínimo é garantido?
Por fim, é relevante lembrar que esse novo valor é uma estimativa e, portanto, o salário mínimo de R$ 1.421 é provisório. Se a inflação medida pelo INPC ao longo de um ano (12 meses) diferir da estimativa, esse valor poderá ser revisado. Geralmente, o valor final do salário mínimo para 2024 é definido em dezembro, e a expectativa é que ele seja mantido.
O Novo Salário Mínimo Atrai a Atenção dos Brasileiros
Na última segunda-feira, 28 de agosto, o presidente Lula surpreendeu os brasileiros ao assinar um Projeto de Lei relacionado às mudanças no salário mínimo. De acordo com o texto sancionado, o cálculo do salário mínimo passará a seguir a nova política de valorização, que entrará em vigor a partir de 2024.
Este projeto é mais uma das promessas cumpridas pelo presidente, que havia sido feita durante sua campanha eleitoral. Com essa mudança, o salário mínimo será calculado levando em consideração não apenas a inflação, mas também outros fatores, o que resultará em um aumento real, aumentando o poder de compra da população. De acordo com as projeções, o salário mínimo em 2024 deverá ser de R$ 1.461.
Vale ressaltar que em 2023, o Governo Federal já realizou dois reajustes no salário mínimo, um em janeiro, como de costume, e outro em maio. Com o primeiro ajuste, o salário mínimo subiu de R$ 1.212 para R$ 1.302 e, posteriormente, para R$ 1.320, valor atual.
O que muda com a nova forma de cálculo?
Através da nova política de valorização do salário mínimo, a principal mudança ocorre na maneira como o cálculo é feito. Desde 2020, o governo anterior passou a considerar apenas a taxa de inflação dos últimos doze meses no cálculo do salário mínimo.
Antes disso, era comum que o governo também levasse em conta o Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores, o que resultava em um aumento real, acima da taxa de inflação. O plano do atual governo é retomar essa modalidade de cálculo, visando garantir salários mínimos mais altos para os brasileiros.
No entanto, se o PIB não mostrar crescimento, o cálculo continuará a se basear apenas na inflação. Isso significa que o valor proposto para o próximo ano entrará em vigor apenas se houver uma atualização relevante nesse dado.
De acordo com Fernando Haddad, responsável pela pasta da Fazenda, os aumentos no salário mínimo dos últimos anos serviram principalmente para compensar o aumento nos preços dos produtos, o que não deixava margem para gastos adicionais por parte dos brasileiros, prejudicando a dinâmica do mercado.