As novas regras aprovadas pelo Congresso para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) podem acrescentar 200 mil pessoas, entre idosos e pessoas com deficiência com baixa renda, entre as beneficiárias do programa. No entanto, as novas regras precisam ainda ser regulamentadas.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) estima que a despesa com o BPC pode aumentar R$ 1,1 bilhão.
Entenda o BPC
O Benefício de Prestação Continuada garante a renda mensal de um salário mínimo para idosos ou pessoas com deficiência que tenham renda familiar inferior a R$ 275,00 por pessoa, ou seja, ¼ do salário mínimo.
Pela nova regra, que ainda não foi regulamentada, há a possibilidade de que esse parâmetro seja alterado, permitindo o pagamento para quem tem a renda per capita de até meio salário mínimo.
Ampliação do limite de renda para o BPC
Atualmente, o limite previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) é de 1/4 de salário mínimo, como mencionado. Caso seja concedido o aumento, será de forma gradual e condicionado às condições fiscais do governo federal.
O efeito prático do novo patamar é ampliar o número de pessoas elegíveis ao BPC.
A saber, a proposta é do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) e foi relatada pelo deputado Vilson da Fetaemg (PSB-MG), que recomendou a aprovação, na forma de um substitutivo. O texto fez apenas pequenos ajustes na redação original.
Queda na renda
O relator defendeu a mudança do critério de renda familiar para acesso ao BPC. Ele afirmou que, nos últimos anos, houve piora nos indicadores de pobreza e insegurança alimentar, em decorrência de fatores como baixo crescimento econômico, aumento da inflação e do desemprego no país.
“As famílias pobres que possuem pessoas com deficiência ou idosas, por estarem em situação de vulnerabilidade social e econômica, devem contar com uma maior proteção social, o que deve ser alcançado pela expansão de transferências de renda de caráter assistencial”, disse Vilson da Fetaemg.
O deputado lembrou ainda que não é a primeira vez que o Congresso Nacional tenta ampliar o número de pessoas elegíveis ao BPC por meio de mudança no limite de renda.
Nas anteriores, a medida foi vetada pelo Poder Executivo, que alegou o elevado impacto fiscal da alteração.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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