As novas inscrições no Auxílio Brasil estão sendo esperando por aproximadamente 2,78 milhões de famílias que já se encontram aptas para receber o benefício. A liberação, caso ocorra, se dá pelo fluxo normal da folha, sem a PEC 16, ainda.
Novas inscrições no Auxílio Brasil
Entre maio e junho estima-se que foram realizadas 10 mil novas inscrições no Auxílio Brasil. Os últimos números do benefício social ainda não foram liberados, mas é esperado que haja vagas disponíveis nos próximos dias, segundo a pasta.
Já é possível verificar se o seu nome está na folha de pagamento da próxima rodada que começa no dia 18 de julho. Por meio do aplicativo oficial do Auxílio Brasil, insira seus dados e faça a conferência.
Fila de espera do Auxílio Brasil
De acordo com os últimos números do programa, 18,15 milhões de famílias são atendidas pelo Auxílio Brasil. Porém, 2,78 milhões estão na fila de espera, da qual 764,5 mil famílias já passaram pela triagem e se encontram aptas.
Essas famílias fazem parte dos grupos de pobreza e extrema pobreza e, na grande maioria, não possuem nenhuma fonte de renda além da que estão tentando conseguir.
Enquanto isso, o presidente Bolsonaro faz promessas para zerar a fila. Anteriormente, a meta era incluir 1,6 milhões de famílias e agora, subiu para 2 milhões de novas inscrições no Auxílio Brasil.
PEC 16
A promessa de zerar a fila de espera do Auxílio Brasil vem acompanhada de novas medidas para a população em questão. Entretanto, as propostas fazem parte dos interesses eleitorais de Bolsonaro e têm prazo determinado.
A nova PEC proposta pela equipe do presidente está correndo do Congresso Nacional e já foi aprovada pelo Senado Federal. As medidas preveem um gasto de mais de R$ 41 bilhões de reais. Fazem parte dos gastos:
- Um auxílio para caminhoneiros autônomos no valor de R$ 1 mil;
- O Auxílio Brasil de R$ 600 que ocorrerá em cinco parcelas;
- Por fim, o Vale Gás de R$ 120 pago bimestralmente em três parcelas (agosto, outubro e dezembro);
- Benefício mensal de R$ 200 para taxistas; e
- A ampliação do programa Alimenta Brasil.
Além disso, também está previsto um gasto de R$ 2,5 bilhões referente a uma compensação relativa à gratuidade dos passageiros idosos nos transportes públicos urbanos e metropolitanos.
Novos cartões do Auxílio Brasil
Outro gasto realizado pelas propostas do presidente, foi o de R$ 130 milhões destinados à atualização do cartão do programa de transferência de renda. Mais uma medida com fundo eleitoral.
A realidade por trás da PEC 16
Além do gasto excessivo e incoerente do dinheiro público, a destinação desse montante para os interesses de Bolsonaro, está empobrecendo outros benefícios sociais importantes para a população brasileira.
Programas como Fies, Casa Verde e Amarela e Farmácia Popular estão deixando de receber o investimento adequado e apresentam resultados insatisfatórios.
Especialistas concordam que as novas medidas propostas se tratam mais de estratégia de campanha do que de combate à pobreza de forma estrutural. Para Juliana Damasceno, economista sênior da Tendências Consultoria:
— Existe um uso político do Orçamento a favor da campanha eleitoral. Estamos acumulando risco em cima de risco, e a consequência é uma taxa de juros de equilíbrio naturalmente mais alta e inflação mais alta. Estamos falando de uma economia que está ganhando incerteza e isso contamina o cenário —