Apesar de não ser a vontade da equipe econômica, uma nova prorrogação do auxílio emergencial não está completamente descartada pelo Governo.
No entanto, essa possibilidade apenas será analisada caso a solução dos precatórios não ocorra rapidamente. Isso porque para técnicos, governo e Congresso têm menos de um mês para aprovar a proposta que limita os gastos com os precatórios, abrindo espaço para a reformulação do Bolsa Família, com a chegada do Auxílio Brasil.
Para os membros da equipe, é grande o risco de descontrole da economia caso seja viabilizada uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial.
Precatórios
A saber, o montante dos precatórios passou de R$ 54 bilhões neste ano para R$ 89 bilhões em 2022. Esse é o motivo pelo qual o Orçamento ficou restrito, de forma a inviabilizar o lançamento do novo programa social, batizado de Auxílio Brasil.
O acordo proposto aponta o valor de R$ 39 bilhões como teto para esse gasto, com o valor restante sendo parcelado em anos a seguir, e com desconto de 40% para o montante pago com antecedência ao prazo.
Além disso, a ideia do governo é tornar o mecanismo proposto como permanente, ou seja, tornar regra que o valor pago anualmente aos precatórios seja limitado à variação da inflação.
Ministro da Economia
Paulo Guedes, ministro da Economia, deu uma declaração recentemente que não descarta uma nova prorrogação do auxílio emergencial 2021.
A fala de Guedes veio no contexto de que essa pode ser a alternativa, caso a reforma do imposto de renda não seja aprovada e, assim, não se tenha a fonte de recursos necessária para o aumento do Bolsa Família, na implantação do Auxílio Brasil.
“Inadvertidamente o mundo empresarial vai a Brasília e faz um lobby contra o Imposto de Renda. Ele na verdade está inviabilizando o Bolsa Família. Vai produzir uma reação do governo que é o seguinte: ah é, então quer dizer que não tem fonte não, né? Não tem tu, vem tu mesmo. Então é o seguinte, bota aí R$ 500 logo de uma vez e é auxílio emergencial. A pandemia está aí, a pobreza está muito grande, vamos para o ‘vamos ver’”.
Acredita-se, no entanto, que esse seja uma forma de pressão para que as discussões sejam finalizadas, uma vez que a equipe tem se mostrado contrária à nova prorrogação.
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